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Turismo Acesśvel




Turismo acesśvel em Cabo 



Verde




Foŗas e fraquezas, oportunidades e amea̧as


C
abo Verde seŕ o pri- da, muito a fazer. A maioria 
meiro pás africano (e o das nossas praias, museus, 

primeiro a organizar, em
restaurantes, hot́is, ño s̃o 
janeiro de 2019, os Jogos de acesśveis, o que afasta a hi- 
Praia Africanos que quali ca- ṕtese, das pessoas com de- 
r̃o para o Mundial de 2019, a  cîncia desfrutarem desses 

ter lugar em San Diego, EUA) a segmentos do turismo.
ter o Ćdigo do Turismo.
Visitar certos lugares de natu- 

O documento ́ destinado aos reza tuŕstica em Cabo Verde 
turistas, operadores do setor, ño ́ para qualquer um, por- 
habitantes deste pás onde se que existem grandes cons- 
inclui pessoas com de cîn- trangimentos nos transportes 

cias e seŕ adequado ̀ reali- maŕtimo entre as ilhas do ar- 
dade do pás.
quiṕlago e os transportes á- 
reos regionais ño s̃o aces- 

O Governo pretende com este śveis em termos de custos 
documento legislar e regula- para maioria da populã̧o, 
mentar todo o envolvimento o que inviabiliza um turismo 
do setor, para que o pás pos- acesśvel a qualquer um, e 

sa ter um turismo sustent́- muito menos as pessoas com 
vel e inclusivo, assente nos de cîncias e mobilidade re- 
anseios da populã̧o e dos duzida.

homens de neǵcios. Este do- 
cumento iŕ de nir as novas Na ilha do Fogo a Organizã̧o 
pŕticas do turismo inclusivo ño-governamental COSPE 
e acesśvel em Cabo Verde.
criou o projeto Rotas do Fogo, 

co- nanciado pela Unĩo Euro- 
Durante muitos anos o turis- peia.
mo tem estado concentra- 

do nas ilhas do Sal e da Boa O Projeto Rotas de Fogo, ́ um 
Vista, e para a potencialidade modelo de agroturismo como 
tuŕstica do pás ́ necesśrio refoŗo das organizã̧es lo- 
quebrar esta excessiva con- cais do turismo rural e susten- 

centrã̧o nessas duas ilhas t́vel na Ilha do Fogo, comple- 
e desenvolver o turismo de menta e fortalece as ã̧es do 
praia acesśvel ̀ todos, mas projeto FATA (projeto de eco- 
sem esquecer o ecoturismo, turismo), visando melhorar as 

o turismo de montanha, cultu- condĩ̧es socio-ecońmicas 
ral, ńutico, entre outros.
dos produtores agro-pecú- 
rios locais, inaugurando na 

O principal objetivo do pás ́ ilha o modelo agro-tuŕstico, 
a inclus̃o e a competitivida- que valorize os produtos t́pi- 
de, por isso o sector tuŕstico cos (queijo, fruta, vinho, caf́, 
tem que contribuir, ainda mais etc) a explorã̧o sustent́vel 

para o rendimento e o bem-es- e a protȩ̃o dos recursos 
tar dos cidad̃os.
naturais presentes nas ́reas 
mais atrativas do territ́rio 

De acordo com o Plano Es- (vulc̃o).
trat́gico assumido pelo Go- 
verno, um dos motores do planeamentodecurtoeḿdio ramacesśveisparaconstruir Aĺmdisso,oProjetoaponta 
desenvolvimento do pás ́ prazo, de forma a maximizar casas sociais para os seus promover o planeamento terri- 

o turismo, pelo seu impacto os efeitos beń cos do turis- funciońrios diretos.
torial e a gest̃o participativa 
em termos de gerã̧o de em- mo e mitigar os potenciais dos recursos locais, com en- 
prego, de rendimento e de de- impactos negativos que pos- Em relã̧o a acessibilidade foque ao turismo rural, atra- 

senvolvimento, de uma forma sa existir. Desta forma, v́rios das pessoas com de cîncia v́s das din̂micas inclusivas 
geral, exige-se um esfoŗo de
operadores hoteleiros mostra-
e mobilidade reduzida h́, ain-
e sistemas de sensibilizã̧o,



TURIMAGAZINE - MAIO DE 2018
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