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Reportagem

Prata e o Colonato de Ch̃o Bom. Esta ́ltima, bene cian-

do de um solo de elevado valor agŕcola (aluvĩo antigo) e
de uma localizã̧o favoŕvel em termos de acesso, e dis-
t̂ncia dos centros urbanos e semiurbanos. Ribeira Prata

e Ch̃o Bom constituem as ́reas mais produtivas de todo
o concelho.

As culturas mais comuns s̃o: a mandioca; as crućferas

(couve e repolho); a cana sacarina; a batata-doce; a ba-
tata comum; as fruteiras (principalmente mangueiras e
papaieiras); o piment̃o. A pecúria ́ uma atividade com-

plementar ̀ agricultura bem como a pesca que ́ prati- ecońmica baseia-se fundamentalmente no tradicional
cada na Vila de Tarrafal constitúda maioritariamente por sector da agricultura, com destaque para a agricultura de
sequeiro, pecúria e no pequeno coḿrcio de artesanato.
pesca artesanal.

A populã̧o do munićpio apresenta caracteŕsticas si-
Regressando do Tarrafal, continuamos a visita por um
dos maiores munićpios do pás, a Ribeira Grande de San- milares ao meio rurais em Cabo Verde, nomeadamente:
tiago com uma superf́cie de 164 Km2 e localiza-se a Oes- elevadas taxas de desemprego, sobretudo nas mulheres

te da Cidade da Praia, ao longo da costa meridional com e nos jovens, baixo ńvel de escolaridade e elevado ń-
territ́rios liḿtrofes as freguesias de Nossa Senhora da mero de faḿlias desprovidas de recursos ḿnimos para
satisfazer as suas necessidades b́sicas. Os dados de-
Gra̧a, S̃o Nicolau Tolentino, S̃o Loureņo dos ́rg̃os
e Santa Catarina. O territ́rio ́ enquadrado pelas fregue- monstram que o Estado ́ um importante empregador, es-
pelhando a falta de alternativas ao emprego no doḿnio
sias de Sant́ssimo Nome de Jesus e S̃o Jõo Baptista.
́ um Munićpio essencialmente rural e a sua atividade
do sector privado.

Aṕs a nossa aventura pela ilha de Santiago e pela pesquisa efetuada no

arquivo hist́rico e nas informã̧es obtidas no site da Associã̧o Nacional
dos Munićpios Cabo-verdianos, resumindo a atividade ecońmica da ilha, ́

altura de perguntar o que Santiago nos pode oferecer em termos do Turismo?

Quais s̃o as potencialidades tuŕsticas da maior ilha do arquiṕlago de Cabo
Verde?

Ribeira Grande de Santiago

C
omo referimos na nossa edĩ̧o no 4 de Maio de 2017, um turismo sustent́vel que possibilite a criã̧o de valo-

a Ribeira Grande de Santiago, Cidade Velha, ́ uma re- res e rendimentos para a sua populã̧o.
gĩo de grandes potencialidades tuŕsticas, na vertente
da religĩo, cultura, artesanato, rural e hist́rico, tendo em Mas a tarefa ño ́ f́cil, h́ muito trabalho a fazer, desde a

considerã̧o a import̂ncia da cidade Velha como beŗo sensibilizã̧o da populã̧o, a criã̧o de infraestruturas
da cabo-verdianidade.
b́sicas e maior investimento no setor tuŕstico.

Charles Darwin na sua passagem por Cabo Verde, visitou

Cidade Velha e cou deslumbrado sobretudo pelo seu
encanto natural, as paisagens ex́ticas, as montanhas, o
clima, a cultura de um povo que foi deixado no esqueci-

mento.

Ribeira Grande de Santiago ́ um lugar hist́rico, patri-
ḿnio mundial da Humanidade pela UNESCO/ONU. Faz

parte de um roteiro tuŕstico imaginado mas que ño tem
sido concretizado pelos diversos governos de Cabo Ver-
de.

Hoje, a Ĉmara do Turismo de Cabo Verde, iniciou um pro-

cesso de promõ̧o e de constrũ̧o de destino tuŕstico
de Santiago, onde pretende apostar na reestruturã̧o de

TURIMAGAZINE - AGOSTO DE 2017
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