São Filipe, 15 Jun – A problemática do turismo na ilha do Fogo, desde a situação actual passando pelas propostas e soluções, vão estar em discussão no dia 26 de Junho, durante uma mesa redonda sobre o sector.
O evento é promovido pela Direcção-geral do Turismo e Transporte e vem na sequência de outras mesas redondas sobre esta temática realizadas em outras ilhas, e visa sentar à mesma mesa os vários intervenientes para se reflectir a situação actual e alistar propostas e soluções visando o seu desenvolvimento.
O anúncio da realização da mesa redonda foi feito quarta-feira, durante a quinta mesa de diálogo, promovida no âmbito do projecto de desenvolvimento do ecoturismo sustentável e solidário e valorização do património cultural/social/ambiental, denominado “Fogo, Água, Terra, Ar” (FATA), tendo os responsáveis solicitado a participação de todos no evento.
Carla Cossu, responsável da organização não-governamental italiana Cospe, que está a implementar o projecto FATA e que a partir de Setembro vai implementar o projecto “Rotas do Fogo”, ambos financiados pela União Europeia (UE), disse que a mesa redonda sobre o turismo constitui uma boa oportunidade para levar ao conhecimento da Direcção-geral do Turismo os problemas, mas, sobretudo, as propostas e soluções e ver como se pode resolver e colmatar as dificuldades.
“Estamos a preparar um trabalho com os operadores turísticos para uma boa participação na mesa redonda”, disse Carla Cossu, observando que se trata de um trabalho partilhado com o Parque Natural, Associação de Guias e Operadores Turísticos para melhor participação no evento.
Esta é a primeira mesa redonda sobre o turismo na ilha do Fogo que é realizada de forma descentralizada e só sobre esta problemática, nos últimos 30 anos.
Além da mesa redonda, organizada pela Direcção-geral do Turismo e Transporte, o projecto FATA está a preparar a elaboração de um plano estratégico para o turismo na ilha, no quadro das actividades do projecto.
Carla Cossu disse que se vai começar a definir estratégia já que para se ter um plano estratégico do turismo e que funcione é preciso compartilhar ideias com instituições ligadas ao sector, sociedade civil, operadores, população, de modo a reunir ideias e iniciativas de vários intervenientes.
A responsável afirmou que na elaboração do plano estratégico é necessário ter os pés bem firme no chã, ter ambição e definir que tipo de turismo se quer para a ilha do Fogo e que não ponha em causa o meio ambiente.
A nível de turismo, os projectos em cursos ou por iniciar, a nível da ilha do Fogo, representa um investimento de mais de 1.5 milhões de euros, mais de 160 mil contos cabo-verdianos, nomeadamente o projecto FATA (576 mil euros), Rotas do Fogo (553 mil euros), Ecoturismo na piscina natural de Salinas (357 mil euros), sem contra com o projecto Sete Sóis Sete Luas.