A taxa de variação homóloga registada pelo Índice de Preços Turístico (IPT) no segundo trimestre de 2017 foi de 1,2%, aumentando 1,2 pontos, percentuais (p.p.) face ao valor registado no trimestre anterior.
Segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a variação trimestral observada no primeiro trimestre de 2017 foi de -5,7%, inferior em 6,4 p.p. ao valor registado no trimestre anterior (0,7%), reflexo do padrão de sazonalidade deste indicador.
Os dados do INE, confirmam também que a classe dos hotéis, cafés e restaurantes apresentou uma variação homóloga de 1,2%, 1,2 p.p. acima da que se verificou no trimestre anterior.
A esta variação correspondeu uma contribuição de 1,2 p.p. para a variação do IPT total, revela o Instituto Nacional de Estatística no seu boletim informativo.
A conjugação do movimento em sentido oposto dos preços das dormidas em hotéis (com uma contribuição 0,9 p.p.) e em aldeamentos turísticos (com 0,2 p.p.) foi determinante para este movimento, dado que as restantes componentes apresentaram contribuições praticamente nulas, informa o INE.
O peso da classe hotéis, cafés e restaurantes que representa cerca de 89% do da despesa turística foi determinante para o movimento do indicador.
O nível de preços da classe transportes manteve-se constante em relação ao trimestre homólogo, apurou o INE, que confirma, também, que a taxa de variação no trimestre em análise é de -5,7%, inferior em 6,4 p.p. à registada no trimestre anterior em que se situou em 0,7%.
No mesmo trimestre do ano anterior verificara-se, igualmente, uma variação em cadeia (-6,8%) inferior em 15,2 p.p. à do primeiro trimestre de 2016.
De acordo com o INE, estes resultados divulgados são a consequência de movimentos sazonais de natureza mensal, com particular incidência na componente de alojamento.
O inquérito diz também que a variação deste trimestre face ao anterior revela quebras significativas dos preços dos serviços de alojamento, com particular incidência nos prestados por hotéis e hotel apartamento que, pela sua importância relativa na despesa turística, são determinantes para o resultado do IPT total.
Em relação aos serviços de restauração, o estudo diz que registaram-se variações marginalmente positivas (0,4%) face ao trimestre anterior quer para os restaurantes quer para cafés, bares e similares.
O estudo indica que os perfis dos índices calculados para todas as ilhas dominaram fortemente o movimento que é observado no IPT nacional.
A nível regional, registaram-se variações em cadeia trimestrais negativas em todas as ilhas: Sal (-10,7%), Boa Vista (-2,0%), São Vicente (-1,9%), Santiago (-0,8%) e Santo Antão (-0,3%).
O INE confirma ainda que registaram-se contribuições positivas para a taxa de variação homóloga trimestral do IPT em todas as Ilhas, excepto para a ilha de Santiago com uma contribuição ligeiramente negativa (-0,2 p.p.).