De acordo com o Banco de Cabo Verde em resumo da actividade turística nacional informou que o país teve uma performance favorável em 2016, com o aumento da procura turística internacional, medida em termos de entrada de hóspedes não residentes nos estabelecimentos hoteleiros, em 15,1 por cento (9,8 pontos percentuais acima do valor registado em 2015).
Segundo Expresso das Ilhas, em termos de dormidas, a procura turística por Cabo Verde aumentou cerca de dez por cento, impulsionada pelo crescimento da procura do Reino Unido (em 6,8 por cento), principal mercado emissor do turismo nacional, da Itália (em 36,8 por cento) e da França (em 16,4 por cento), considerados mercados tradicionais. De registar, entretanto, a redução da procura de importantes mercados como os da Alemanha (em 8,0 por cento), da Áustria (em 43,4) e de Portugal (em 1,5 por cento). Contrariando a evolução do ano anterior, o turismo interno também contribuiu negativamente para a performance do sector em 2016, ao decrescer 6,5 por cento.
As ilhas do Sal e da Boa Vista foram as que mais turistas atraíram, com uma taxa de ocupação de camas de 49 e 76 por cento, respectivamente. Apesar do aumento do número de turistas e das receitas de turismo, o gasto médio diário por turista manteve a tendência decrescente, registando uma queda na ordem dos cinco por cento em 2015.
A estadia média dos turistas permaneceu em torno de 6,2 noites, enquanto os gastos médios diários por turistas mantiveram a tendência de queda, ao reduzirem de 9.997 para 9.406 escudos.
A ilha do Sal continuou a ser o destino preferido dos turistas estrangeiros e nacionais. A ilha hospedou cerca de 294 mil turistas (46 por cento do total), tendo registado uma taxa de ocupação de camas de 58 por cento. A ilha da Boa Vista foi o segundo destino preferencial dos turistas em 2016, recebendo cerca de 32 por cento do total de visitantes e registando a maior taxa de ocupação de camas do país (82 por cento). As ilhas da Brava, do Maio, do Fogo e de Santo Antão reforçaram a sua posição enquanto destino turístico, tendo as suas taxas de ocupação aumentado, respectivamente, 3,5, 2,8, 2,0 e 1,0 pontos percentuais.