Santo Antão está na linha de frente em matéria do turismo sustentável

O ministro da Economia e Emprego, José Gonçalves, declarou hoje,

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no Porto Novo, que Santo Antão está “na linha de frente em termos de desenvolvimento do turismo sustentável”, existindo, na ilha, “algumas iniciativas estruturantes” que espelham essa realidade.

José Gonçalves, que falava no acto de apresentação do projecto Raízes  (Redes locais para o turismo sustentável e inclusivo em Santo Antão), co-financiado pelo União Europeia, em 500 mil euros (55 mil contos), entende que a experiência que se está a desenvolver em Santo Antão, neste domínio, dever ser “partilhada” em outras ilhas do país.

“Vamos procurar formas de partilhar e levar a experiência de Santo Antão em matéria de turismo sustentável a outros ilhas e municípios”, sublinhou o ministro, que destacou o projecto Raízes como “um exemplo” e “uma iniciativa estruturante” que reflectem a aposta da ilha no desenvolvimento de um turismo sustentável.

Conforme o governante, trata-se de um projecto que atribui “particular importância” ao turismo de natureza, um segmento que, a seu ver, “deve ser especialmente acarinhado” em Cabo Verde, mais concretamente nas ilhas de Santo Antão, Fogo e São Nicolau.

A apresentação do projecto Raízes, que começou a ser implementado, este mês de Setembro, em Santo Antão pela Associação para a Defesa do Património de Mértola (APM), foi uma das actividades que marcaram, esta quinta-feira, as comemorações do Dia Mundial do Turismo, com o lema “Turismo Sustentável, uma Ferramenta para o Desenvolvimento”.

Além da apresentação do projecto Raizes, com duração de três anos e que consiste na valorização dos recursos endógenos e qualificação dos recursos humanos, a efeméride foi marcada ainda por uma visita de José Gonçalves à Casa de Meio e Lajedos, para conhecer os projectos de desenvolvimento integrado das respectivas comunidades.

No quadro do projecto de desenvolvimento integrado de Lajedos, implementado pela organização não-governamental Atelier Mar, foi construída nessa localidade uma unidade turística que tem contribuindo para a promoção de um turismo sustentável.

Santo Antão está a ser alvo de um estudo sobre o turismo sustentável a cargo de um grupo de consultores do Banco Mundial.

Além do estudo, esta instituição financeira internacional pretende ainda financiar um projecto sobre a assistência técnica e capacitação dos operadores turísticos em Santo Antão, visando a implementação de “um fórum de diálogo” sobre a problemática do turismo, nesta região.

O estudo sobre o turismo sustentável do Banco Mundial contempla ainda o Fogo, que apresenta, à semelhança de Santo Antão, uma oferta turística diferenciada das ilhas com mais vocação para sol e praia, como são os casos da Boa Vista e Sal.

Santo Antão tem recebido, anualmente, cerca de 20 mil turistas  à procura, sobretudo, do turismo de natureza, número que poderá aumentar, num futuro próximo, com a realização de um trabalho de planeamento e diversificação da oferta turística, na ilha.

A partir de 01 de Outubro arranca a época alta do turismo em Santo Antão (prolonga-se até Maio), ilha que será visitada por turistas provenientes, sobretudo, do Norte da Europa à procura, essencialmente, do turismo de trekking (caminhadas em trilhas em busca do contacto com a natureza).

Trata-se de um tipo de turismo que começou a ser praticado em Santo Antão nos anos 90 e tem experimentado, nos últimos anos, um grande impulso, com visitas constantes de grupos de turistas, provenientes, sobretudo, do Norte da Europa.

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