IV FMDEL: Agenda 2030 precisa de um desenvolvimento sustentável que não deixe ninguém para trás

A subsecretária-geral das Organizações das Nações Unidas

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e Alta Representante para os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, Fekitamoeloa Katoa Utoikamanu, reiterou hoje que a agenda 2030 precisa de um desenvolvimento sustentável que não deixe ninguém para trás.

Fekitamoeloa Katoa Utoikamanu, que presidiu à sessão plenária neste segundo dia do IV Fórum Mundial de Desenvolvimento Económico Local (FMDEL) que decorre na Cidade Praia, defendeu a criação de um novo quadro de desenvolvimento que beneficie milhões de pessoas que vivem nas grandes cidades, bem como bilhões de pessoas que vivem nas aldeias remotas.

“Hoje focamos três bilhões de pessoas que vivem em áreas rurais.  São pessoas que experimentam condições piores que as experimentadas pelas pessoas nos meios urbanos e essa lacuna contribui para aumentar as desigualdades e a migração em massa para áreas urbanas em busca de oportunidades de emprego e educação”, disse.

Neste sentido salientou que a agenda 2030 enfatiza a importância da criação de um segmento económico para todos os países através do crescimento sustentado inclusivo, e que promova acesso igual ao emprego e trabalho decente para todos.

“Enquanto esses constrangimentos persistirem os sistemas socioeconómicos locais ficam cada vez mais interconectados e integrados globalmente. Por isso é necessário de forma urgente adoptar uma abordagem compreensiva e ferramentas para abordar em condições esta questão”, disse.

A Alta Representante para os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento focou ainda naquilo que chamou de dinâmicas transversais e multidimensionais e modelos alternativos para a mobilização sustentável e utilização de recursos escassos.

“Precisamos fazer mais com menos. Isto é particularmente relevante para os países mais vulneráveis, incluindo aqueles que têm- se graduado à categoria dos países menos desenvolvido, tal como Cabo Verde, que está à procura de novas estratégias para desenvolver o progresso social tal como enquadrado na agenda 2030”, frisou.

Fekitamoeloa Katoa Utoikamanu sublinhou que os ODS estão muito ligados ao desenvolvimento rural, e neste sentido salientou que o princípio da inclusão e da universalidade, que inclui todos, requer a integração do desenvolvimento rural no centro das estratégias nacionais de desenvolvimento em todos os países por forma a garantir a uma trajectória de desenvolvimento equitativo e sustentável.

“Se essas políticas não forem implementadas não poderemos cumprir os ODS porque os lugares rurais tendem a ser deixados para trás. Por isso é necessário um novo paradigma e uma abordagem inovadora a nível local e internacional” sustentou.

“Precisamos de um novo paradigma para alcançarmos resultados concretos, incluindo estratégias nos diversos níveis e envolvendo vários actores que equilibram o desenvolvimento social e económico e sustentabilidade económica”, acrescentou.

Dentro desse contexto defendeu a necessidade de uma integração e coordenação em todas as áreas de desenvolvimento, entre os diversos governos, as comunidades locais, o sector privado e organizações internacionais.

“Isso requer um quadro eficaz de governação territorial. Esta é a maneira mais promissora para se sair da pobreza, mas também oferecer emprego diversificado e uma base para as formas sustentáveis de desenvolvimento, que é a maior esperança para se reduzir as desigualdades” reiterou a subsecretária-geral da ONU.

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