Turismo rural de base comunitária em debate no Porto Novo

Porto Novo recebeu no dia 9 de Novembro

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um atelier de apresentação do estudo que visa definir o modelo de intervenção no quadro do turismo rural de base comunitária em Santo Antão, realizado no âmbito da cooperação luxemburguesa.

Neste atelier também foi discutido o plano de acção para o reforço da capacidade das organizações não-governamentais que actuam no sector turístico na ilha de Santo Antão.

O estudo, a que a Inforpress teve acesso, foi financiado pela Lux Development (agência da cooperação luxemburguesa), no quadro do programa Emprego e Empregabilidade, que integra o Programa Indicativo de Cooperação Luxemburgo/Cabo Verde, para o período 2016-2020.

O estudo revela que a procura turística está a crescer em Santo Antão, mas “a oferta continua desorganizada e despreparada”, quer do ponto de vista institucional, quer a nível macro e micro.

“A procura turística em Santo Antão tem vindo a crescer, mas a oferta continua desorganizada e despreparada para enquadrar o movimento turístico, quer a nível institucional, quer do ponto de vista macro e micro”, refere este estudo, realizado entre os meses de Agosto e Novembro de 2017, pela empresa THC – Tourism & Hospitality Consulting.

Concluiu ainda que Santo Antão, pelas suas características morfológicas e económico-sociais, tem potencial para desenvolver “um turismo rural e comunitário de micro-escala e sustentável”, mas que “necessita de ser sistematizado e qualificado”.

O trekking (caminhadas em trilhos à procura de natureza) é, para já, o principal produto turístico de Santo Antão, muito procurado por turistas europeus (sobretudo franceses), mas é preciso que se desenvolva as outras componentes desta oferta, ainda “pouco trabalhadas”, como gastronomia, observação de espécies, escalada e o canyoning na montanha, que poderão assumir um papel relevante em termos de oferta turística nesta ilha.

Santo Antão, que recebe, anualmente, cerca de 20 mil turistas, enfrenta, igualmente, vários constrangimentos que condicionam o desenvolvimento do turismo local, desde logo a questão dos transportes, que tem limitado a chegada e permanência de turistas, nesta ilha.

A melhoria dos transportes marítimas entre São Vicente e Santo Antão e a necessidade da “ilha das montanhas” dispor do seu aeroporto são questões que, certamente, vão ser levantadas no atelier desta quinta-feira.

O estudo coloca ênfase ainda em aspectos como ofertas “limitadíssimas” em termos de rent-a-car, a melhoria do alojamento e restauração, bem como a má qualidade da rede rodoviária no interior da ilha.

O estudo foi realizado no âmbito do programa Emprego e Empregabilidade, que integra o Programa Indicativo de Cooperação Luxemburgo/Cabo Verde para o período 2016-2020, com o objectivo de “contribuir para a inserção profissional da população de Cabo Verde, em particular dos jovens e das mulheres”.

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