Governo quer apoiar produtores santantonenses na internacionalização dos produtos “made in Santo Antão”

O Governo, através do Pro-Empresa

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(Instituto de Promoção Empresarial), elegeu como uma das intervenções na “ilha das montanhas” apoiar os produtores na internacionalização dos produtos “made in Santo Antão”, que já estão a conquistar o mercado nacional.

A Pro-Empresa, no âmbito do projecto “Semana de Internacionalização”, promovida pela Cabo Verde Global Business com financiamento do QIR (Quadro Integrado Reforçado), vai reunir, sexta-feira, numa acção de formação os produtores desta ilha para “identificar os principais passos na preparação da abordagem do mercado internacional”.

A acção formativa, que se enquadra, também, no programa da Semana Global de Empreendedorismo” que se celebra, mundialmente, de 13 a 19 de Novembro, vai versar sobre o tema “Exportação de produtos made in Santo Antão”.

Esta empresa quer abarcar, com esta iniciativa, micros, pequenos e médios empresários e produtores de bens ou serviços transaccionáveis, segundo uma nota da Pro-Empresa.

Santo Antão tem feito, nos últimos tempos, uma grande aposta na transformação de produtores agro-pecuários que tem estado a ganhar espaço nos mercados turísticos nacionais.

Além do grogue e derivados que estão a ser engarrafados um pouco por toda a ilha, com vista à sua exportação, há ainda o queijo (fresco e curado) que tem granjeado, igualmente, preferência nos mercados nacionais.

Aliás, o queijo fresco, feito tradicionalmente, no Porto Novo, mais concretamente no Planalto Norte, desde 2007, com chancela de património do gosto, atribuída pela Fundação Slow Food, tem marcado, nos últimos anos, presença na feira mundial do gosto, em Itália, certame em que recebeu, este ano, o galardão Slow Cheese Award”.

Além do queijo fresco, feito com lei cru de cabra, há ainda o queijo curado que, também, produzido no Planalto Norte do Porto Novo e que está, igualmente, a conquistar o mercado nacional.

O “afamado” grogue de Santo Antão, graças ao seu engarrafamento, já chega, com alguma facilidade, a alguns mercados internacionais, sobretudo nos Estados Unidos e na Europa, mais, segundo os produtores, o preço nesses mercados ainda são pouco competitivos.

Os produtores, que têm reclamado a instalação do tão prometido laboratório de controle de qualidade e certificação, querem apostar na internacionalização do grogue, inserindo-o na lista das bebidas alcoólicas comercializadas nos principais mercados internacionais.

Os produtores desejam ainda o apoio do Ministério Economia na adopção de um plano de marketing para a promoção do grogue e seus derivados.

Os produtos “made in Santo Antão” estiveram, ultimamente, patentes em dois importantes eventos internacionais, o Fórum Mundial de Desenvolvimento Local, que decorreu na Cidade da Praia, de 17 a 20 de Outubro, o encontro internacional do Banco Africano de Exportação e Importação (Afreximbank), na primeira semana de Novembro, na ilha do Sal, respectivamente.

Ficou evidente nesses eventos, o “grande potencial” que Santo Antão possui nas áreas de queijaria, doçaria e licores que, “bem explorados valorizados e divulgados”, constituem produtos de exportação para nichos de mercados nacionais e internacionais “bem identificados”, segundo a Câmara Municipal do Porto Novo.

Segundo o vereador pela área de promoção empresarial da câmara do Porto Novo, Valter Silva, os produtos “made in Santo Antão”, presentes nesses eventos foram “muito apreciados”, o que demonstra que, uma vez bem explorados e promovidos, podem conquistar importantes mercados turísticos nacionais e internacionais.

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