no Parlamento, um plano estratégico, onde até 2021 pretende criar as condições para que sejam os privados a liderar o processo de desenvolvimento.
O Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS), alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030 das Nações Unidas e que materializa o programa do Governo para a legislatura, foi entregue ao presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos, pelo ministro das Finanças, Olavo Correia.
Em declarações aos jornalistas, Olavo Correia reafirmou a meta governamental de crescimento de 7% no final da legislatura, mas considerou que é algo que “todos” devem contribuir para que aconteça.
“Isso é possível com o setor privado. Não será o Estado o agente principal. O Estado lidera. É preciso que tenhamos um ambiente de negócios, um clima propício à atração de investimentos privados, nacionais e estrangeiros, para concretizar essa visão”, reforçou o ministro, pedindo uma “visão coletiva e partilhada” para desenvolver o país.
Sublinhando que o PEDS é um “roteiro, um plano de voo”, Olavo Correia disse que o grande objetivo é transformar Cabo Verde num “país-plataforma” nos setores do turismo, industrial e comercial, tecnologia e inovação, financeiro e nos transportes aéreos e marítimos.
“Cabo Verde está bem localizado, tem uma juventude cada vez melhor formada, uma diáspora generosa em todos os cantos do mundo e fizemos um percurso enorme nos últimos anos após a independência”, salientou.
Para concretizar os objetivos, o ministro disse que Cabo Verde tem dois desafios, que são a educação de excelência e a eficiência na governação, seja no plano central, seja no plano municipal, mas também a nível empresarial.
“O Estado cria o contexto, o ambiente de negócios, mobiliza recursos, há investimentos públicos que terão de ser realizados, mas o essencial da visão tem a ver com a criação de condições para que os privados liderem a construção das plataformas”, reforçou o ministro.
O PEDS, que começou a ser elaborado no início do ano, estipula como metas uma taxa de desemprego de 9,4%, a erradicação da fome e reduzir a pobreza absoluta dos 35% em 2015 para 28,7% da população dentro de cinco anos.
O plano prevê colocar a dívida pública nos 108,2% do PIB em 2021, alcançar uma taxa média de inflação de 1,7% e reduzir a mortalidade infantil para menos de 13 mortes por 1.000 nascimentos dentro de cinco anos.
O documento, elaborado em parceria com parceiros multilaterais e bilaterais, pretende também reduzir a criminalidade e aumento da segurança e confiabilidade do país, bem como reforço da democracia, de promoção da regionalização do país e de descentralização do Estado.