O ano de 2017 foi o mais seguro de todos os tempos da aviação comercial. A afirmação é da Aviation Safety Network (ASN), organização independente baseada na Holanda que regista todos os acidentes da aviação pelo mundo. Segundo a ASN, no ano passado foram registados 10 acidentes fatais envolvendo aeronaves comerciais, resultando em 44 mortes.
O resultado de 2017 é ainda mais expressivo se comparado aos números de 2016, que ficou marcado pela tragédia com o jato da Lamia na Colômbia que transportava o time de futebol da Chapecoense. De acordo com o balanço da organização, naquele ano fora, registados 16 acidentes e 303 vidas perdidas.
Cinco acidentadas em 2017 realizavam voos transportando de carga e as outras cinco com passageiros. A ASN ainda apontou que a aviação comercial totalizou no ano passado cerca de 36.800.000 voos, sendo que a taxa de acidentes fatais com aeronaves de passageiros ocorreu a cada 7.360.000 voos.
Conforme explicou Harro Ranter, presidente da ASN, o baixo número de acidentes não é surpresa: “desde 1997, o número médio de acidentes de avião mostrou um declínio constante e persistente, graças a esforços contínuos impulsionados pela segurança por parte das organizações internacionais de aviação como ICAO, IATA, Flight Safety Foundation e o setor de aviação”.
O acidente mais grave da aviação comercial em 2017 foi a queda de um Boeing 747 cargueiro da companhia Turkish Airlines, em 16 de janeiro, no Quirguistão. A aeronave caiu durante a fase aproximação do aeroporto de Bishkek-Manas, matando os quatro tripulantes a bordo e mais 35 pessoas em solo.
Recordes
Em 31 de dezembro, a aviação registrou um período recorde (que segue contando) de 398 dias sem registrar um acidente com um avião de linha aérea com passageiros. O último foi justamente a queda do jato da Lamia, que deixou 71 mortos.
Outro recorde apontado pela ASN é o período de 398 dias (e contando) sem um acidente aéreo com mais de 100 mortos. A última ocorrência desse tipo aconteceu com o Airbus A321 da companhia Metrojet, da Rússia, em 31 de outubro de 2015, no Egito. A aeronave caiu devido a explosão de uma bomba a bordo plantada por terroristas. O acidente deixou 224 mortos.