“Pequenas agências de viagens têm ir ao encontro dos mercados emissores de turistas”

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O primeiro-ministro cabo-verdiano respondeu à crítica da Associação das Agências de Viagens de Cabo Verde de que a Taxa de Segurança Aeroportuária beneficia essencialmente as grandes agências. Ulisses Correia e Silva desafia à procura de mercados diferenciados, que não sejam os das ilhas do Sal e da Boavista.

O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, respondeu esta terça-feira às reclamações da Associação das Agências de Viagens de Cabo Verde (AAVTCV) de que a Taxa de Segurança Aeroportuária (TSA) beneficia essencialmente as grandes agências.

A AAVTCV reclama que, assim como está a lei que regula a TAS, a maioria das agências de viagens cabo-verdianas não estarão em condições de beneficiar da mesma, uma vez que a maioria das agências existentes em Cabo Verde “não funcionam propriamente como agências de turismo”, “o que equivale dizer que este novo quadro deverá beneficiar essencialmente as grandes agências emissoras de turistas”.

O chefe do executivo cabo-verdiano defende que a compensação de 6 euros, por cada turista inscrito na plataforma online de viajantes www.ease.gov.cv é para todas as agências sem discriminação.

“As pequenas agências podem desenvolver atividades para atrair os turistas de diversos destinos para Cabo Verde. O montante é igual para qualquer tipo de agência, não fazemos descriminação”, garantiu o primeiro-ministro.

Ulisses Correia e Silva desafia a associação das agências de viagens a procurar mercados diferenciados de turismo em Cabo Verde, que não sejam os das ilhas do Sal e da Boavista, que considera que já atingiram um “grau de consolidação muito grande”.

“Há outros mercados como Santo Antão, São Vicente e a própria ilha de Santiago, e mesmo Sal e Boavista têm nichos de mercado, este é um trabalho que o setor privado tem de fazer”, refere.

Ulisses Correia e Silva considera ainda que lei que regula a TSA, que entrou em vigor a 1 de Janeiro, introduziu transparência na comissão paga às agências de viagens, cerca de 6 euros por turista que entra no arquipélago.

“Nós adoptamos um sistema de transparência em que o montante que os turistas pagam é transparente e a compensação paga as agências é transparente. Não há diferença entre o valor da TSA que é paga por um turista às grandes agências ou que se paga na plataforma digital”, explicou o governante.

A comissão de agenciamento, de acordo com o chefe do executivo cabo-verdiano, já se pagava. As grandes agências, quando faziam a cobrança do visto aos turistas, acrescentavam o valor, referiu. “Atualmente o que introduzimos é um processo de transparente, que antes de não existia”, clarificou o primeiro-ministro.

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