Covid-19 vai ter “impacto negativo” no sector turístico

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O presidente da Associação do Turismo de Santiago (ATS), Eugénio Inocêncio, disse que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19)   vai ter um “impacto negativo” no sector na ilha.

“O impacto vai ser negativo, aliás, é a própria Organização Mundial do Turismo que já admitiu publicamente que este ano vai haver um retrocesso mundial ao nível do turismo, ou seja, a taxa de crescimento vai ser negativa”, indicou Eugénio Inocêncio, em declarações à Inforpress, acrescentando que Cabo Verde “não foge à regra”.

No entanto, mostra-se “confiante” que, nos próximos meses, a crise do novo coronavírus, pelo menos, ao nível da saúde “estará ultrapassada”.

O presidente da ATS acredita que com a resolução deste problema da saúde pública a economia e o turismo vão se recuperar, pelo que o país terá que estar preparado para “assumir a recuperação”.

Neste momento, disse, o importante é “minimizar ao máximo os efeitos [do Coronavírus] na saúde pública” e, ao mesmo tempo, “garantir às empresas a sua sobrevivência”.

“Sem a sobrevivência das empresas não será possível esta retoma [do turismo] que acontecerá nos próximos meses”, sublinhou Eugénio Inocêncio.

Instado sobre o que o Governo deve fazer em termos de apoio às empresas, entende que não deverá ser diferente do que está a acontecer lá fora, ou seja, apoio ao pagamento de vencimentos de empresas que não conseguem operar e, também, problemas com os impostos e os bancos.

“Estamos a aguardar, e, sabemos que isto está nas intenções do Governo, a marcação de reuniões connosco, enquanto Associação de Turismo de Santiago, e com outras associações empresariais, para falarmos relativamente às medidas que devem ser adoptadas”, sublinhou, deixando transparecer que o modelo que está a ser adoptado lá fora pode ser “adaptado às condições e possibilidades do país”.

Na sua perspectiva, as empresas constituem um “activo central da criação de riqueza, de emprego, do bem-estar e do desenvolvimento do país” e, por isso, o Governo irá encontrar “as melhores formas” de as apoiar.

Relativamente aos prejuízos que as empresas ligadas ao sector do turismo estão a acumular, afirmou que, neste momento, avançar qualquer número seria “pura e simplesmente uma especulação”.

“Este é o momento para trabalharmos com a cabeça fria e tranquilidade a fim de encontrarmos as melhores soluções numa situação que é particularmente difícil”, concluiu o presidente da ATS.

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