Cinco órgãos internacionais de transporte aéreo e turismo lançaram um apelo a instituições financeiras internacionais, parceiros de desenvolvimento de países e doadores internacionais para apoiar o setor de Viagens e Turismo da África que emprega cerca de 24,6 milhões de pessoas no continente.
Sem financiamento urgente, a crise do COVID-19 poderá causar um colapso do sector na África, levando consigo milhões de empregos. O sector contribui com US $ 169 bilhões para a economia da África em conjunto, representando 7,1% do PIB do continente.
O pedido está a ser feito pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), World Tourism Organização das Nações Unidas (OMT), World Travel & Tourism; Conselho de Turismo (WTTC), o Comité Africano Associação de Companhias Aéreas (AFRAA) e Associação de Companhias Aéreas da África Austral (AASA).
Essas organizações estão a convocar instituições financeiras internacionais para apoiar a African Travel & Tourism e o sector de turismo em geral fornecendo:
US $ 10 bilhões em ajuda para apoiar o sector, a indústria de serviços do turismo e ajudar a proteger os meios de subsistência de aqueles que trabalham no sector directa e indirectamente;
Acesso ao máximo de financiamento do tipo subvenção e assistência ao fluxo de caixa possível para injectar liquidez e fornecer apoio direcionado a países severamente impactados;
Medidas financeiras que podem ajudar a minimizar interrupções no crédito e na liquidez necessários para negócios. Isso inclui o diferimento das obrigações financeiras existentes ou do pagamento de empréstimos; e,
Garantir que todos os fundos fluam imediatamente para salvar as empresas que precisam deles com urgência, com processos mínimos de aplicação e sem impedimentos de considerações normais sobre empréstimos como credibilidade.
Alguns governos africanos estão a fornecer apoio direcionado e temporário a sectores atingidos do Turismo. No entanto, muitos países carecem dos recursos necessários para ajudar a indústria e os meios de subsistência que sustenta durante esta crise. A situação agora é crítica. Companhias aéreas, hotéis, pousadas, restaurantes, locais de reunião e negócios relacionados enfrentam perdas crescentes. Tipicamente, o turismo é composto por 80% das pequenas e médias empresas (PME). Para economizar dinheiro, muitos já começaram a demitir ou colocar funcionários licença não remunerada.
“O impacto da pandemia do COVID-19 está a ser sentido em toda a cadeia de valor do turismo. O sector e os milhões de meios de subsistência que apoia em todo o mundo, incluindo comunidades vulneráveis estão particularmente expostos. O apoio financeiro internacional é essencial para garantir que o turismo possa levar a recuperação económica e social mais ampla nessas comunidades ”, disse o Secretário-Geral da OMT, Zurab Pololikashvili.
