O Primeiro-Ministro Ulisses Correia e Silva na entrevista concedida à Rádio Morabeza, disse que Independentemente dos casos existentes na ilha do Sal, não comprometerá a abertura do turismo na ilha. “Estamos a criar condições para o país seja considerando de país com alto estado de segurança sanitária. Por isso estamos a preparar as condições de aplicação das normas desde a chegada até ao alojamento dos turistas. Estamos a preparar o país para que tenha capacidade de resposta e minimizar ao máximo os riscos e aplicar as normas que são necessárias nesse caso.
As ligações internas retomam dia 30 de Junho e serão aplicadas paulatinamente. Em relação as ligações internacionais Cabo Verde aguarda a abertura dos países emissores de turistas para Cabo Verde e pensamos que seremos dos primeiros países a receber os turistas pós pandemia. No caso dos aeroportos nacionais não vamos desviar voos por exemplo de Santiago para as outras ilhas por causa da pandemia, não faz sentido essa medida porque é importante Santiago no processo do HUB interno.
Sobre a questão dos quais países serão os primeiros a estabelecer a ligação com Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva disse que a situação está em análise e que depende também do outro lado, dos países, mas disse que Portugal poderá ser dos primeiros. Não é só a questão dos turistas, há todo um fluxo e por isso é preciso não esquecer que Lisboa funciona como um hub para Cabo Verde.
O Primeiro – Ministro esclarece também que não serão exigidos testes de despiste de COVID-19 nas ligações aéreas e nem marítimas. O governo justifica a decisão com a complexidade de um sistema de testagem obrigatória antes das viagens e sustenta a opção nas recomendações das autoridades internacionais de aviação civil.
Há um conjunto de procedimentos, de custos operacionais, relacionados com as viagens que tornavam o processo extremamente complicado. Para fazer uma viagem inter-ilhas, teria que fazer um teste 72 horas antes. Passado este período, esse teste perde validade. Obrigaria a montar um sistema de logística extremamente complicado, em todas as ilhas e em todos os concelhos.
Portanto o Governo não vai associar a reabertura dos voos internacionais a quarentena, isto por motivos óbvios. Uma coisa é um cabo-verdiano que foi apanhado por causa da interdição dos voos, que queira regressar e regressa nas condições que temos actualmente e faz a quarentena, porque vive aqui em Cabo Verde. Outra coisa é uma pessoa que venha de um país estrangeiro, venha visitar ou fazer um trabalho e seja obrigado a passar 14 dias em quarentena. Esta é uma impossibilidade e não faz sentido porque não vai passar as suas férias em quarentena.