Zilca PAIVA assume a Presidência do Instituto do Turismo de Cabo Verde

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A executiva de 15 anos de experiência em planeamento e Desenvolvimento do Turismo transita das funções de Administradora da Região Sul para Presidente interina dentro da mesma Instituição.

Passados quase 5 meses de Gestão como Presidente Interina, e após uma grande concretização que foi a Instalação da sede no Sal, um compromisso politico. Como caracteriza a sua liderança enquanto líder feminino de Top numa instituição tão cobiçada?

Além de uma vasta lista de valências e requisitos para uma boa liderança e gestão, destaco aqui quatro aspetos importantes que não prescindo que tem sido a comunicação – Comunicar de forma mais objetiva possível; o meu papel de agregador , tenho mostrado a todos a importância do poder do coletivo, uma vez que a tendência é para se individualizar. Não podemos também de descurar da questão da justiça, ser o mais justo possível – capacidade de intermediar os conflitos ser criteriosa, sejam nas premiações como nas punições.

Considero que minha liderança tem sido eficaz, com foco mais em influenciar e conquistar o respeito dos colaboradores e não pela posição estratégica de hierarquia dentro da instituição.

Tenho do apoio do Conselho Diretivo do Instituto do Turismo e da minha equipa, em boa parte resultado do facto da minha aposta em “acreditar e estimular a inteligência coletiva”, uma vez que nem sempre tenho todas as respostas para tomar as melhores decisões é ai que constituem um excelente recurso.

No geral penso que liderar exige acima de tudo competência e preparo, acredito que é algo que ultrapassa a fronteira do género e estou confortável, não obstante uma busca permanente de melhoria.

Uma nota menos positiva comparada com os homens é o facto de que “as mulheres lideres não recebem a mesma atenção mediática que os Homens” e aqui devo concordar.

2.Considera-se uma embaixadora do Turismo de Cabo Verde?

Demostrar o meu patriotismo por Cabo Verde, é algo que faço sempre que tenho oportunidade e que ultrapassa as minhas funções, prova disso foi o meu tempo de especialização em aeronáutica em Portugal, não houve um programa de televisão em que fui convidada em que o assunto não fosse o turismo em Cabo Verde. Sei que como eu existem vários outras embaixadores que todos os dias provem Cabo Verde através da música, da arte e do desporto, é um trabalho voluntário, mas muito gratificante e há uma oportunidade de se fazer melhor. Existem várias personalidades que podem ajudar Cabo Verde a poder incrementar o seu fluxo de turismo, sobretudo em tempos de muita retração do turismo provocado pela pandemia.

  1. Que desafios o Instituto do Turismo de Cabo Verde (ITCV) tem face a sua sustentabilidade?

O ITCV enquanto uma instituição nova comparada com outros institutos tem praticamente um ano de vida, um ano que deveria ser de “comissão instaladora”, entretanto dado a conjuntura atípica do Covid-19 em simultâneo teve que iniciar a sua instalação, funcionar e responder ao Covid-19, no que toca ao suporte técnico e informativo junto as empresas, assim como a converter recursos financeiros antes destinados para outros fins  em prol do funcionamento do ITCV.

A instalação da sua sede no Sal foi um ganho importante, a criação da identidade institucional (logomarca) e a luta para a criação e aprovação do PCCS não podem ser ignorados.

Ainda serão necessários a mobilização de Recursos Financeiros, seja junto ao Governo, como junto aos parceiros, pois o turismo é atividade que mais gera entrada de dinheiro em Cabo Verde, repartidas pelos Municípios, suporta eventos e projetos nacionais, pois não faz sentido “ser um parente pobre do sistema”, de realçar que são os próprios técnicos do Instituto que legalmente cobram taxas.

A instalação da Delegação Norte e a mudança do ITCV no Sul, na Cidade da Praia, faz-se necessária e responde a autonomia que se espera de um Instituto, com a mesma dignidade dos demais. Reforço ainda a aquisição de infraestruturas fundamentais para persecução dos Objetivos do Instituto.

Estreitar relações com os parceiros institucionais que constam no estatuto será um grande desafio para 2021. A racionalização dos recursos, a criação de sinergias entre as várias entidades com competência no turismo é fundamental, requer mais zelo, fiscalização, evitando   a sobreposição de competências.

4.Qual é a sua pespectiva pessoal futura?

Até agora a minha performance tem sido marcada pelo compromisso, proativiodade, uma entrega dura com sacrifícios em varias outras esferas da minha vida, sobretudo familiar. Há a tendência de as pessoas olharem só para a prerrogativas, mas é preciso mudar esse paradigma e avaliar também para os sacrifícios.

Para o futuro quero a excelência, por isso busco constantemente o  aperfeiçoamento, pois almejar e procurar novas posições de liderança, requerem resiliência e trabalho duro.

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