Festival Sete Sóis Sete Luas

0
672

COMO NASCE O FESTIVAL SETE SÓIS SETE LUAS

Pela curiosidade e audácia de um grupo de estudantes da Toscana e o apoio de um escritor português nasce a experiência do Festival Sete Sóis Sete Luas.

Jovens sonhadores, com uma grande paixão pelo teatro, fundam o Gruppo Teatrale Immagini (Grupo Teatral Imagens) em 1987. Ansiosos por atravessar a fronteira italiana, em 1991, voam até ao Alentejo. Aqui apresentam vários espectáculos com muito sucesso e entram em contacto com José Saramago, convidando-o a visitar Pontedera. O escritor português não só aceita o convite, como também lhes oferece os direitos de autor em Itália do seu livro “O ano de 1993”. Em 1993 nasce o Festival Sete Sóis Sete Luas, dirigido por Marco Abbondanza desde a sua primeira edição, e começa o original e rico intercâmbio cultural entre Itália e Portugal que, ao longo dos seus 21 anos (1993-2013), já viu aderir muitos outros países: Grécia (1993), Espanha (1997), Cabo Verde (1998), França e Marrocos (2005), Israel (2006), Croácia (2008), Brasil (2009), Roménia (2012), Eslovénia e Tunísia (2013), privilegiando sempre as localidades periféricas e não os grandes centros.

UM PRESIDENTE HONORÁRIO MILITANTE E UM SÍMBOLO ILUMINISTA

José Saramago deu ao Festival SSSL os instrumentos, filosóficos e práticos, para começar esta fantástica viagem pelo Mediterrâneo e pelo mundo lusófono. O Festival inspira-se nos valores presentes na sua obra “Memorial do CONVENTO”, cujas personagens são sonhadores de alma visionária, que vivem numa Europa medieval, oprimidos por uma intolerante e tenebrosa Inquisição. Baltazar Sete Sóis e Blimunda Sete Luas criam a “passarola”, uma máquina voadora, que é o símbolo do Festival pelo seu poder evocativo e simbólico, representando a metáfora do sonho e da liberdade utópica. O Festival serve-se da capacidade da arte, da MÚSICA e da literatura de ver para além da realidade do nosso tempo.

O QUE É

Uma Rede cultural de 30 cidades de 13 Países – Brasil, Cabo Verde, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Israel, Itália, Luxemburgo, Marrocos, Portugal, Tunísia e Turquia – que privilegia relações vivas e directas com os pequenos centros e os artistas;

  • Uma viagem pelo Mediterrâneo e pelo mundo lusófono: uma viagem feita de encontros. Os artistas, os operadores culturais e os espectadores participam nas acções de mobilidade internacional;
  • Um Festival que vai ao encontro das pessoas, não das praças e dos monumentos;
  • Um Festival da criação musical: cada ano produz uma (ou mais) orquestra multicultural;
  • Promotor de turismo cultural: o público pode seguir o Festival nas várias paragens da sua viagem pelo mundo lusófono e mediterrâneo

OS OBJETIVOS DO FESTIVAL SETE SÓIS SETE LUAS

O Festival Sete Sóis Sete Luas, em 2021 na sua XXIX edição, é promovido por uma Rede Cultural de 30 cidades de 13 Países do Mediterrâneo e do mundo lusófono. Realiza a sua programação no âmbito da música popular contemporânea e das artes plásticas, com a participação de grandes figuras da cultura mediterrânea e do mundo lusófono. Entre os objetivos do Festival: o diálogo intercultural, a mobilidade dos artistas dos Países da Rede, a criação de formas originais de produção artística com a participação dos criadores vindos dos Países da Rede.

O FESTIVAL SETE SÓIS SETE LUAS RECEBIDO NO PARLAMENTO EUROPEU

Em Bruxelas, em Janeiro de 2009 e de 2013, o Festival Sete Sóis Sete Luas foi convidado para realizar uma audiência na Comissão Cultura do Parlamento Europeu dedicada à dimensão europeia do projeto.

OS PRÉMIOS DO FESTIVAL SETE SÓIS SETE LUAS

Recebeu o apoio da União Europeia com os Programas Caleidoscópio, Cultura2000 e Interreg IIIB Medocc, pela dimensão europeia e qualidade cultural do projeto. Durante 18 anos os Presidentes Honorários do Festival foram os Prémio Nobel José Saramago e Dario Fo. Desde 2012 o novo Presidente Honorário é o Presidente da República Jorge Carlos Fonseca. Em Granada, em Abril de 2009, o Festival Sete Sóis Sete Luas recebeu o prestigiado Prémio «Caja Granada para a Cooperação Internacional», do valor de 50.000€, finalizado a construção do novo Centro Cultural Sete Sóis Sete Luas na Ribeira Grande de Santo Antão em Cabo Verde. Este Prémio nos anos anteriores foi atribuído a personalidades como Carlinhos Brown, o Prémio Nobel Yunus…

OS CENTRUM SETE SÓIS SETE LUAS DE CABO VERDE

O Festival Sete Sóis Sete Luas recuperou em Nova Sintra (ilha Brava), São Filipe (ilha do Fogo), Ribeira Grande (ilha de Santo Antão), Cidade do Porto Inglês (ilha do Maio) e Tarrafal de Santiago, espaços pela criação dos centros culturais do Festival SSSL com showroom, restaurantes, bookshops, espaços para concertos e para ensaios.

A recuperação destes edificios históricos nestas ilhas periféricas para realizar centros culturais de qualidade pretende valorizar a diversidade cultural de Cabo Verde e originar o encontro entre a oferta cultural com os fluxos turísticos internacionais que procuram este tipo de conteúdos.

OS CENTRUM SETE SÓIS SETE LUAS EM Cabo Verde PARA O TURISMO SUSTENTÁVEL E DE QUALIDADE

O Festival SSSL pretende criar uma ponte estável permanente entre as ações culturais que valorizam a diversidade cultural cabo-verdiana e o turismo sustentável e de qualidade nas ilhas mais perifericas.

Por isso a programação dos Centrum SSSL visa estimular a geração de novos fluxos turisticos nas ilhas mais perifericas organizando tour-educational destinados a importantes tours operators europeus que vão visitar as ilhas Brava, de Fogo, de Maio, de Santo Antão e Tarrafal de Santiago.

A finalidade é criar pacotes turísticos baseados numa oferta ligada a diversidade cultural da música e gastronomia das ilhas mais periféricas de Cabo Verde. Estes pacotes são dirigidos aos turistas europeus interessados a novos destinos culturais.

A programação dos Centrum SSSL tem o objetivo dar vida em 5 pequenas ilhas de Cabo Verde (Brava, Fogo, Maio, Santo Antão e Tarrafal de Santiago) a 5 centros culturais dedicados à preservação, valorização e divulgação da música e da gastronomia típica de cada ilha.

O projeto tem promovido a profissionalização de 25 músicos (5 em cada ilha) que realizaram digressão internacionais como parte das orquestras Sete Sóis Sete Luas. Eles beneficiaram de uma formação de alta qualidade nas áreas da musica.

Ao mesmo tempo o projeto realizou ações de formação com chefs internacionais para a profissionalização de cozinheiras para a gestão dos Restaurantes dos Centrum SSSL.  Em cada Centrum SSSL o Restaurante é ativo.

Os impactos do Centrum: salvaguarda da identidade cultural mais genuína de cada pequena ilha, dignidade da cultura local e dos artistas, acesso à cultura para a população de 5 pequenas ilhas de Cabo Verde que neste momento não têm centro cultural activo e disponível, recuperação da economia criativa após a pandemia, criação de empregos estáveis para jovens a fim de desacelerar o forte processo de migração dos músicos mais talentosos dessas pequenas ilhas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Por favor, insira seu nome aqui