CCS está preocupada e com profundas reservas sobre a decisão do Governo em relação à TACV

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Câmara de Comércio de Sotavento

A Câmara de Comércio de Sotavento (CCS), prometeu que ia debruçar sobre a posição tomada do Governo sobre a TACV e assim se fez e adiantou que, enquanto entidade representativa da classe empresarial, está preocupada e com profundas reservas com a forma como o executivo de Ulisses Correia decidiu cessar as operações Inter-ilhas da TACV.

O comunicado ainda referiu que para esta entidade, a atitude do Governo cabo-verdiano faz com que seja eliminada a concorrência em vigor, visto que, no entender da CCS, o governo está a entregar o monopólio das ligações aéreas inter-ilhas e a sub-região africana nas mãos de uma operadora privada de capital estrangeiro.

Segundo a Câmara do Comércio, o accionista em questão é oriunda de uma região que é a principal concorrente de Cabo Verde no corredor atlântico, nomeadamente no sector do turismo, e com sérios riscos de desvantagens claras para o país e os consumidores. A inquietação da CCS prende-se em relação a esta questão, tendo em conta que o arquipélago cabo-verdiano é pequeno e insular, onde a problemática das ligações aéreas e marítimas inter-ilhas se coloca com alguma sensibilidade. E reforça no comunicado que manifesta a sua preocupação em relação às questões fundamentais e sensíveis e que têm que ver com a unicidade do território e soberania nacionais, visto que, não há evidências de terem sido levadas em conta na decisão tomada e considerando os riscos e incertezas relativamente ao futuro que a solução encontrada acarreta.

A Câmara do Comércio de Sotavento, ainda interroga o Governo no documento sobre o futuro do “Hub” do Atlântico, da Plataforma de Investimentos e da entrada na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), considerados como um dos eixos estratégicos para o crescimento e o desenvolvimento do País, dado que estas questões, para a classe empresarial é uma “autêntica contradição” com a decisão tomada de extinção das operações domésticas e regionais da TACV a partir de 01 de Agosto de 2017, por isso solicita ao Governo mais informações sobre a verdadeira situação económica e financeira da companhia de bandeira, a reestruturação em curso e as condições da participação do Estado de Cabo Verde no capital da Binter Cabo Verde.

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