A presidente do Conselho de Administração dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV- Cabo Verde Airlines) garantiu no sábado, dia 2 de abril, que a empresa quer ligar toda a diáspora e para isso apelou ao “sentido patriótico” dos cabo-verdianos.
Sara Pires fez esse apelo durante a apresentação da campanha promocional dos TACV – Cabo Verde Airlines (CVA) em Lisboa, reforçando, em declarações à agência de notícias cabo-verdiana ‘Inforpress’, que a companhia “não consegue ligar” todos os lugares onde há cabo-verdianos, mas que a ideia é que os “principais polos tenham uma viagem garantida na CVA”.
“Temos uma diáspora cabo-verdiana espalhada por toda a parte do mundo, mas o principal polo é Portugal, e estando em Portugal conseguimos apanhar toda a diáspora na Europa, mas a ideia é chegarmos aos países como a França, Holanda e Estados Unidos de América [EUA], onde temos também uma grande e forte comunidade”, explicou.
Segundo a PCA, a relação entre Cabo Verde e Portugal é “muito importante para o desenvolvimento” do País, e que o motivo que levou a companhia a retomar as operações com a rota de Lisboa é por ser a sua melhor rota, sendo que o evento de sábado, dia 2 de abril é uma forma de chegar mais perto da comunidade cabo-verdiana e de ter “embaixadores dos TACV em Portugal”.
“Isso é para que de facto a nossa comunidade saiba que tem a opção de viajar com a nossa companhia de bandeira e também para que cada um em Portugal possa usar este serviço e ajudar a empresa a atingir um patamar de desenvolvimento que desejamos. Queremos ter uma tarifa competitiva e uma alternativa às outras empresas que operam no mercado de Cabo Verde, mas temos estado muito a apelar pelo sentimento patriótico”, disse.
De acordo com Sara Pires, o objetivo é ter essas tarifas competitivas para que qualquer pessoa consiga fazer viagens em alturas promocionais, que vai de abril a junho, mas também em épocas altas, em que existem bilhetes também a preços baixos se forem comprados com antecedência.
Por isso, prosseguiu, a companhia está a trabalhar para ter viagens disponíveis com pelo menos seis meses de antecedência.
A retoma da operação dos TACV é importante para as relações comerciais e familiares da diáspora com o País, entende Sara Pires, sublinhando que a confiança é algo que estão a “construir”, porque a CVA “durante muito tempo, sempre teve esse problema”.
Presente no evento esteve também o embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, que manifestou a sua satisfação em relação às informações partilhadas, apontando que a companhia “goza de uma boa simpatia da comunidade cabo-verdiana na diáspora e em Portugal tem clientes fiéis”.
“É um bom sinal que recebemos com muito agrado (…), isso significa o apreço e o reconhecimento que a direção dos TACV tem pela comunidade cabo-verdiana”, considerou, acrescentando que é um “momento importante” e que ter sido feito o evento no Centro Cultural Cabo Verde é uma forma de mostrar que é possível “fazer a ponte entre a economia e a cultura”.
Durante o evento, que participaram representantes de associações cabo-verdianas e comunidade em geral, foram sorteados dois bilhetes de passagem de Portugal para Cabo Verde.