Rede de percursos pedestres da ilha de Santiago terá 27 rotas e totaliza 300 quilómetros

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O “Programa de Turismo de Natureza: Marcação da Rede de Percursos Pedestres da Ilha de Santiago”, apresentado terça-feira, em Assomada, Santa Catarina, terá 27 rotas complementares totalizando cerca de 300 quilómetros de extensão.

Trata-se, segundo o Governo, de um percurso que liga a Ilha de Santiago de Norte a Sul, ligando o Tarrafal à Cidade Velha (Ribeira Grande), passando por Rui Vaz (São Domingos), Assomada, Boa Entrada e Serra Malagueta (Santa Catarina) e São Miguel.

“Hoje lançamos um importante instrumento, que é o mapeamento e sinalização de cerca de 300 quilómetros de trilhas turísticas da ilha de Santiago, que visam sinalizar caminhos que possam ser utilizados por turistas nacionais ou internacionais para visitar recantos paisagísticos que muitas vezes não conhecemos na ilha de Santiago”, afirmou o ministro do Turismo e Transportes.

Carlos Santos falava em declarações à imprensa após a apresentação do referido programa e do descerramento do painel informativo da rede de percursos pedestres Santiago, que tiveram lugar nos Paços do Concelho e Praça Central de Assomada, respectivamente.

“Santiago tem um produto muito completo a nível do turismo e nós precisamos dá-lo a conhecer aos visitantes”, observou, lembrando que o projecto está orçado em cerca de 10 milhões de euros (1,1 milhões de contos), no âmbito do Plano Operacional para o Turismo (POT).

Por outro lado, lembrou que o Governo tem estado a investir num conjunto de equipamentos em Santiago Norte, mormente o Centro Interpretativo de São Lourenço dos Órgãos, o Centro de Informação Turístico de São Salvador do Mundo, com o objectivo de levar o turismo a todo o ponto do país e para preparar estes municípios com espaços para que o turista possa ser bem acolhido e possa conhecer a história e pontos de interesse desses municípios.

“É com este objectivo que estamos a trilhar este caminho para preparar Cabo Verde para um novo turismo, que seja mais diversificada e ponha no radar dos visitantes aquilo que são as nossas riquezas culturais, a nossa gastronomia, a nossa tradição e também o nosso património histórico e arquitetónico que temos nas ilhas e Santiago tem este potencial muito grande”, concretizou o governante.

Na ocasião foi lançada ainda a plataforma SIG (Sistema de Informação Geográfica) dos recursos turísticos de Cabo Verde, um aplicativo que vai permitir que o turista que chegue ao país possa, através do seu telemóvel, conseguir aceder a todos os pontos de interesse turístico, seja pontos históricos, de recursos turísticos, ambientais ou culturais.

Por sua vez, a presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, Jassira Monteiro, notou que o município, pela sua potencialidade turística, sobretudo do turismo de natureza, de montanha, cultural, religioso e gastronómico, tinha que fazer parte desta rede.

“Portanto, temos aqui o ingrediente para promovermos os recursos naturais e todo o turismo da ilha de Santiago, e, sobretudo, do de Santa Catarina”, vaticinou a autarca.

A nível do turismo, lembrou que decorrem, neste momento, as obras de requalificação do Park Poilão, em Boa Entrada, que visam transformar essa localidade num pólo turístico da ilha de Santiago, e por materializar o projecto do Centro Interpretativo de Engenhos, que vai abarcar todo a história da Ribeira dos Engenhos, da revolta, das pessoas, da agricultura e da pecuária.

No caso particular de Santa Catarina, antes da partida do centro da cidade de Assomada para o Poilão de Boa Entrada (2,2 km/40 minutos) ou para o Parque Natural de Serra Malagueta (15,5 km/05h10m), os turistas vão ter a oportunidade de visitar na urbe o Centro Cultural Norberto Tavares, a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, e o Mercado Novo de Achada Riba.

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