O primeiro-ministro afirmou hoje que há investimentos que mudam a vida das pessoas e da economia, salientando que o Governo está a construir o presente e o futuro da ilha com a expansão e modernização do porto do Maio.
Ulisses Correia e Silva fez estas afirmações quando presidia a cerimónia de inauguração das obras de expansão e modernização do porto do Maio e da estrada de acesso ao referido porto, realizada esta manhã, na cidade do Porto Inglês, ressalvando que este investimento representa uma mudança na vida e na economia da população local.
Para o chefe do Governo, abre-se, a partir de hoje, um verdadeiro corredor marítimo entre Praia e Maio com o sistema ‘roll on/rol-off’, com impactos na mobilidade das pessoas e na movimentação de mercadorias, aumento de transações, redução de tempo das viagens e do tempo das operações de embarque/desembarque, carga/descarga, transporte de viaturas automóveis e camiões de mercadorias.
“Maio conectado com o resto do país e Maio conectado com o resto do mundo. Este é, de facto, o momento do Maio. Inauguramos hoje um grande empreendimento que aumenta o valor económico da ilha do Maio”, declarou, prometendo que o Governo irá continuar a trabalhar para que a ilha possa aumentar o seu potencial de desenvolvimento.
Ulisses Correia e Silva, que se mostrou satisfeito com a concretização de uma promessa feita à população da ilha, sublinhou que a expansão e a modernização do Porto Inglês e a estrada de acesso ao porto, são “obras estruturantes” há muito esperada por várias gerações do Maio e que hoje torna-se realidade. Ainda na sua intervenção, o primeiro-ministro agradeceu aos financiadores das obras do porto, nomeadamente o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e a União Europeia (UE), que, referiu, são instituições com vocações diferentes, mas que têm feito “boas parcerias” e com alguns exemplos em áreas fundamentais em Cabo Verde.
“Esta boa parceria que está representada aqui neste porto está representada também no porto de Palmeira, cuja expansão da segunda fase irá acontecer, demonstra de facto uma visão”, realçou.
O chefe do Governo adiantou ainda que a ilha do Maio será contemplada com a segunda fase das obras que conta com o financiamento do BAD e da UE, contempla a construção da gare marítima para que os passageiros possam ter maior comodidade nas viagens, do hangar para mercadorias e do edifício, que irá albergar os serviços da Enapor, da Alfandega e da Policia Marítima.
“Valeu a pena esperar. Está a acontecer hoje! Maio terá seguramente mais actividade económica no escoamento dos produtos da agricultura, pesca da pequena indústria extrativa do Sal, de pedras ornamentais no comércio e no turismo mais actividade económica significa mais oportunidade de emprego e rendimento”, acrescentou.
Afiançou, por outro lado, que o Governo irá acompanhar a dinâmica de desenvolvimento com mais oferta de formação profissional e fomento de empreendedorismo para os jovens do Maio, reconhecendo que é preciso formar melhoria do ambiente de negócios nesta ilha para que o sector privado seja incentivado a investir.
“Estou a falar do sector privado nacional, da diáspora e do estrangeiro. É esta mistura que faz a economia crescer mais”, referiu, asseverando que a ilha do Maio tem um grande potencial para o desenvolvimento do turismo sustentável e que o Governo irá trabalhar para transformar esse potencial em realidade com o forte contributo do setor privado.
A requalificação e expansão do Porto Inglês está avaliada em torno de 2.200 milhões de escudos, com o financiamento do BAD em 50 por cento (%), sendo a outra metade assumida entre o Estado de Cabo Verde, através da Enapor, 20%, e a União Europeia 30%.