A Câmara Municipal da Praia lançou no dia 3, em parceria com investidores, a primeira pedra para a construção do empreendimento “Ponte Praia”, na zona de Palha Sé, como um forte elo entre Cabo Verde e a sua diáspora.
Constituindo-se numa alternativa e oportunidade de investimento para os cabo-verdianos residentes no estrangeiro e que, de momento, tenham possibilidades de adquirir uma segunda moradia, a “Ponte Praia” terá apartamentos de alto padrão, além de um centro comunitário, praça, instalações recreativas e piscinas.
Um dos três investidores, Fausto Pina, disse à imprensa que este projecto foi um sonho que tiveram dois cabo-verdianos e um nigeriano, que vivem nos Estados Unidos da América, com a intenção de ligar os emigrantes nas várias diásporas, principalmente dos Estados Unidos, a Cabo Verde.
“Por isso, o nome Ponte, uma ponte que liga os dois países, com a intenção de mostrar aos emigrantes a oportunidade de um lugar em que podem viver com conforto, como se estivessem no estrangeiro, e com mais segurança”, explicou.
Este é o primeiro de vários empreendimentos do ramo imobiliário que pretendem construir no País, que vai contar com três estilos de construção, ou seja, apartamentos com elevadores, casas duplex e também moradias tipo vilas.
“O objectivo é oferecer convivência, aquela amizade que outrora havia, todos os povos podem estar nesta comunidade, que é primeira que estamos a construir”, disse, sublinhando que mesmo não sendo emigrante todos os cabo-verdianos podem adquirir a sua habitação neste empreendimento.
O espaço vai ter pelo menos 80 prédios, num orçamento total de 100 milhões de dólares, sendo no primeiro momento todas as infra-estruturas de base serão executadas no prazo de cinco meses, para depois arrancar as obras do próprio empreendimento.
Para o presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, este projecto tem características únicas, porque desde o início preocuparam-se com uma ideia importante que é captar a forma de viver, ao estilo cabo-verdiano, ou seja, com a dita morabeza.
“Foi por isso que, ao analisarmos este projecto “Ponte Praia”, encontramos, por exemplo, área de convívio desenhado desde o início, com diferentes miradouros, praças, espaço de reuniões, precisamente porque querem que as pessoas não fiquem fechadas no prédio, na casa, mas também na rua”, sublinhou.
Destacou um outro aspecto que considera importante neste projecto, que é a intenção de ligar Cabo Verde à diáspora e ao mundo afirmando que ele é concreto, pois que há muito que se fala em aproveitar a diáspora, daí declarar, que é momento de acção, para a própria valorização da diáspora cabo-verdiana.
Sobre as infra-estruturas assegurou que é obrigação da Câmara Municipal da Praia garantir acessibilidades, como estradas, mas, entretanto, garantiu que o projecto é completo e muito bem pensado, para dar resposta em tempo para que o projecto seja um sucesso.
