O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, considerou no dia 25, no Mindelo, que a passagem da regata Ocean Race por São Vicente serviu para absorver experiência para trazer outras edições da prova e outras competições internacionais para a ilha.
Ulisses Correia e Silva falava à imprensa após a partida da regata da Ocean Race, precisamente os barcos da categoria IMOCA, que iniciou a sua largada às 15:25 minutos, para nova etapa da competição até à Cidade do Cabo (África do Sul), depois da largada dos barcos da categoria VO65.
Segundo o primeiro-ministro, “eventualmente poderão trazer outras edições da Ocean Race, mas também várias outras provas que não têm a dimensão” dessa regata, “mas que precisam de lugares como Mindelo”.
Conforme Ulisses Correia e Silva, foi “fantástico”, mas também foi um “grande desafio” trazer a regata para a cidade do Mindelo, porque se trata de uma prova que exige elevado nível de organização.
“Aquilo que é o resultado é que estivemos à altura na preparação, na recepção e também na partida. Foi uma organização conjunta com a equipa da Ocean Race e uma equipa nacional e, em todas as áreas, Mindelo esteve no topo”.
O chefe do Governo salientou o facto dos competidores, das equipas e dos organizadores que estiveram em São Vicente terem feito uma apreciação “a 100 por cento (%)”. Mas, além disso, reforçou, há diversos outros impactos como a notoriedade e a centralidade de Mindelo, hoje no mundo, relativamente à capacidade de organizar provas de desporto náutico.
“A promoção externa do País, em toda parte, está a ser acompanhada através de canais de televisão e de revistas de especialidade”, destacou, lembrando também do impacto económico local com “hotéis cheios, restaurantes, animação e entretenimento”.
Por sua vez, o presidente substituto da Câmara Municipal de São Vicente, Rodrigo Martins, defendeu que o impacto da Ocean Race é “positivo porque permitiu a promoção da ilha, enquanto destino turístico e dos desportos náuticos, e todos os efeitos multiplicadores a nível da economia”.
No que concerne à segurança, o subintendente da Polícia Nacional e coordenador de segurança da Ocean Race, Roberto Fernandes, disse que foi um evento com um nível de segurança “muito alto” que contou “com o habitual bom comportamento da população”.
“Não tivemos nenhuma ocorrência relevante, apenas uma situação de uma pessoa que foi vítima de cum crime de subtracção no bolso”, referiu a mesma fonte, garantindo que a nível das operações marítimas “não houve nenhum constrangimento”, apenas fizeram “algumas interseções e condução de embarcações, sobretudo de boca aberta, que iam entrando na zona de colisão” e que “foram escoltadas pelas embarcações da Polícia Marítima e orientadas para que pudessem continuar a sua actividade noutro sítio”.
A largada da regata da Ocean Race principiou às 13:30 com os veleiros VO65 a posicionarem-se após um desfile das equipas que foram saudados com uma performance cultural com batucada e ovação dos presentes.
Às 14:55, foi a vez dos veleiros da classe IMOCA, estes que seguem na competição até à cidade do Cabo na África do Sul.
Antes, o presidente da Ocean Race Richard Brises fez a passagem da bandeira com o presidente substituto da Câmara Municipal de São Vicente, Rodrigo Rendall entregando-lhe a bandeira da África do Sul, cidade que vai ser a próxima paragem da regata e recebendo a de Cabo Verde, cidade de partida.
Seguiu-se uma bênção aos velejadores feita pela aluna da Escola Secundária Jorge Barbosa Odara Brito e depois o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, desceu ao pontão, junto com o presidente da Ocean Race, para desatar os cabos e iniciar a largada com o primeiro barco a sair às 13:25 minutos.
A Regata Ocean Race (antiga Volvo Ocean Race) arrancou de Alicante (Espanha) a 15 de Janeiro de 2023 e termina em Génova (Itália) seis meses e 60 mil quilómetros depois, com passagens por países como África do Sul, Argentina, Dinamarca, Alemanha e Itália, entre outros.