Os guias turísticos em Santo Antão manifestaram hoje a sua “preocupação” face à situação de várias trilhas quando falta pouco mais de um mês para o arranque da época do turismo nesta ilha.
O presidente da Associação dos Guias de Turismo de Santo Antão, Odair Gomes, disse à Inforpress que, além da situação dos percursos turísticos, que precisam de obras de recuperação, a classe está também preocupada com a situação do saneamento em várias comunidades rurais.
A preocupação dos guias do turismo surge numa altura em que os operadores turísticos se preparam para a época alta do turismo em Santo Antão, que se inicia em Outubro e prolonga-se até Maio, período durante o qual a ilha recebe “milhares” de turistas para, sobretudo, praticar o trekking (caminhada em trilhas).
O presidente da Associação dos Guias do Turismo de Santo Antão tinha alertado, nos princípios deste mês de Agosto, para a necessidade de se proceder a intervenções em “mais de metade” dos caminhos vicinais para uma melhor segurança dos turistas.
Este responsável disse que, além da recuperação dos itinerários turísticos, as autoridades competentes precisam, também, actuar a nível do saneamento (remoção dos resíduos sólidos) nas comunidades turísticas da ilha.
Neste momento, a rede de percursos pedestres em Santo Antão está a ser sinalizada pelo consórcio integrado pelas empresas PATH – Portugal Active Tourism in Holidays e Letras Encantadas Estudos e Projetos, no âmbito de um projecto financiado pelo Banco Mundial.
Este projecto é coordenado pelo Ministério das Finanças, através da Unidade de Gestão de Projectos Especiais, em articulação com o Ministério do Turismo e Transportes/Instituto de Turismo de Cabo Verde.
O Governo anunciou, em meados de 2022, a reabilitação de 82 caminhos vicinais em Santo Antão, numa extensão de 294 quilómetros, no quadro de um programa, orçado em 210 mil contos, intervenções que estão ainda por arrancar.
Santo Antão dispõe de uma extensa rede de caminhos, construída ainda na era colonial, que já foi classificada e assinalada, formando sete rotas turísticas criadas no âmbito da Rede de Promoção do Turismo Sustentável e Inclusivo desta ilha (Raízes).
