A nova marca turística de Cabo Verde combina com a ambição de transformar cada ilha num destino

ULISSES CORREIA E SILVA - PRIMEIRO MINISTRO

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O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afirmou ontem que a nova marca turística de Cabo Verde, lançada hoje, combina com a ambição do país de transformar cada ilha num destino turístico que seja autêntico, genuíno e diferenciador.

“Um destino autêntico, genuíno, diferenciador, que os torna únicos. Únicos pelas pessoas, pela natureza, pela cultura, pela história. Por isso, gostaria de parabenizar o trabalho realizado. Até chegar a este ponto”, disse Ulisses se Correia e Silva ao presidir à cerimónia realizada na Fortaleza Real de S. Filipe, na Cidade Velha, local escolhido pelo simbolismo que representa.

A nova Marca Turística do Destino Cabo Verde, representado por um coração com cores vivas retratando as 10 ilhas de Cabo Verde e que tem como embaixador o artista Dino d’Santiago, é a identidade que capta a diversidade das ilhas e promove o país como destino turístico, simbolizando a morabeza, a origem, a história, a cultura e a autenticidade do povo cabo-verdiano.

“Parece que são meros desenhos, mas o importante é o significado que carrega, a força que carrega a mensagem que transporta, a narrativa que transporta”, explicou o Chefe do Governo que recordou os períodos “extremamente difíceis” de 2020 a 2021, 2022, provocados pela pandemia da covid-19, mas também as oportunidades e um olhar diferente que esta crise provocou.

Ulisses Correia e Silva realçou que Cabo Verde tem uma identidade forjada através de uma história de mais de 500 anos, uma identidade crioula, uma vasta diáspora, aberta ao mundo que se afigura como sendo o seu maior factor de distinção.

O foco agora deve ser nos recursos endógenos e na qualidade que obriga ao investimento contínuo e na diversificação do destino, para que não seja apenas sol e praia.

“Temos turismo de sol e praia que tem espaço ainda para se desenvolver com qualidade. E vamos continuar a investir no turismo de sol e praia, mas temos outro turismo a descobrir de natureza, da cultura, de eventos diversos. E cada ilha apresenta de uma forma diferenciada e diversificada”. Realçou

Neste sentido recordou que vários investimentos têm sido feitos, nomeadamente, a reconfiguração urbana e ambiental, restauro e reabilitação de patrimónios históricos, religioso, cultural, reavivando a história que tem dentro desses patrimónios.

Falou ainda do desencravamento das localidades, muitas com potencial turístico, agrícola e piscatória, de sinaléticas turísticas, do programa das aldeias turísticas, tudo para fazer com que as cidades e aldeias cabo-verdianas sejam atractivas para as pessoas viverem, visitarem e investirem.

Ulisses Correia e Silva afirma que se dúvidas houvesse sobre o impacto do turismo como actividade económica essa dúvida foi dissipada com a pandemia da covid-19 quando os aeroportos fecharam número de turistas baixou drasticamente e depois houve o regresso.

“Houve impacto não só a nível do emprego, mas também na redução da pobreza”, disse frisando que cada turista paga uma taxa de 2,5 euros por dia, dinheiro que está a ser utilizado para melhorar as condições de vida das pessoas.

Ulisses Correia e Silva alertou, igualmente, para a necessidade de se colocar qualidade em tudo, desde quando o turista chega até deixar o país para que possa ter vontade de regressar e recomendar a outros.

Uma tarefa que, admite, não é fácil sobretudo quando se fala do turismo fora dos resorts. Neste sentido, desafiou os presidentes das câmaras municipais e os profissionais e as próprias comunidades a imprimirem qualidade em tudo o que fazem.

A nova marca turística de Cabo Verde visa fortalecer a imagem do destino, captar novos nichos de mercado cada vez mais conscientes da qualidade do produto turísticos e interessados em viver experiências ambientalmente sustentáveis, em comunhão com as comunidades locais e em que as famílias e empresas cabo-verdianas possam ser igualmente actores na cadeia de valor.

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