A quarta edição da Feira Intermunicipal de Turismo de Santiago – Feturis mereceu “nota positiva” por parte dos expositores, público e organização, tendo em conta a movimentação e a rede de contactos estabelecida nesses dias.
A Feturis teve a sua abertura no passado dia 05 e hoje, 07, é o último dia desta feira que teve como palco o município de São Salvador do Mundo, com o objectivo de apresentar e promover a ilha de Santiago enquanto destino turístico, tendo nesta edicção a participação da ilha do Maio, pela primeira vez.
Da parte dos expositores, a feira mereceu nota positiva porque conforme contou Antonieta Vaz durantes estes três dias conseguiu vender muito, conquistou novos clientes e além disso aproveitou para trocar ideias e experiências com outros feirantes que participaram com produtos agrícolas.
Iniciativas do tipo, segundo esta expositora, são para realizar sempre, porque além de permitir uma venda melhor, permite também uma movimentação diferente no município.
Igualmente, Maria Gorete Reis, que veio do município de São Lourenço dos Órgãos apresentar ao público os doces de diversos sabores que produz, considerou que o evento decorreu na normalidade, sublinhando que conseguiu fazer alguma venda, mas o que mais lhe cativou foi os contactos e o intercâmbio entre os expositores, os agentes culturais e possíveis clientes.
“Foi uma óptima experiência e a convivência considero que foi mais importante do que o lucro monetário, pois é na convivência e na troca de experiência que inovamos e introduzimos técnicas que melhoram a produção e a venda”, sustentou esta feirante.
Elizabete Cardoso, veio da Ribeira Grande de Santiago, município que apresentou ao público, além da história do município em literatura, quadros, artesanato, pano de terra, bonecas de pano, também grupos de batuque, aguardente e a gastronomia que também faz parte da tradição e cultura da Cidade Velha.
Para esta expositora a avaliação é “positiva”, pois o ambiente foi “propício” para estabelecer contactos, troca de experiência e convívio entre artistas e produtores de diversas áreas e de diversos municípios num só espaço, mas também pelo lucro que tiveram nas vendas.
De São Miguel, Ângelo Tavares disse ter apresentado ao público produtos “terra-terra” e que aproveitou o local para sensibilizar o público sobre a necessidade de seguir pela produção dos panos de terra, visto que neste momento existe um fraco interesse por parte dos jovens em enveredar pela tecelagem e na feira disse acreditar que conseguiu passar a mensagem da necessidade de preservar a tradição.
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de São Salvador do Mundo, anfitriã desta edição, Ângelo Vaz, fez uma avaliação “superpositiva” tendo em conta o feedback transmitido pelo público e feirantes.
Considerando que os objectivos traçados desde o início foram alcançados o que lhes dá força para continuar nessa luta para a promoção do município e da ilha toda como destino turístico diversificado.
Nesta feira, afirmou que conseguiram apresentar todas as vertentes possíveis que podem ser explorados no turismo, tentando elevar a ilha de Santiago através da cultura, gastronomia, música, costumes, hábitos e tradição.
Conclui que Santiago é uma ilha que “possui as melhores condições para oferecer os turistas”, faltando agora trabalhar e tirar todas as vantagens que ela tem.
O público que participou e visitou a feira demonstrou-se satisfeito com esta edição da feira, pois, como disse Patrícia Borges, logo à entrada se respira a tradição com o cenário produzido, mais o cheiro dos produtos típicos da ilha de Santiago a nível da gastronomia não passou despercebido, assim como os produtos de artesanato e o batuque, que reuniu e cativou a atenção dos presentes no local.
A primeira edição foi realizada em 2017, no Tarrafal, a segunda em 2018, na cidade de Assomada, Santa Catarina, e a terceira edição em 2019, no Centro Histórico e Cultural do Porto da Calheta, em São Miguel.
Paralelamente à feira, foram realizadas outras actividades, nomeadamente, uma conferência sob o lema “A construção do destino turístico de cultura, sol e mar na ilha de Santiago”, actividades desportivas, tardes culturais, workshop, entre outras actividades.