garantiu ontem que após a certificação dos Boengs-757 da Icelandair pela Agência Cabo-verdiana de Aeronáutica Civil, estes aparelhos passarão a ser pilotados pelo pessoal nacional.
O governante fez estas declarações à imprensa no acto do primeiro aniversário do início das operações da Binter-Cabo Verde no arquipélago.
Instado sobre a participação do Estado cabo-verdiano no capital da Binter, José Gonçalves disse que esta discussão está em curso e que a aquisição dos 49 por cento do capital da companhia aérea deverá ficar concluída até Junho de 2018.
O ministro escusou, entretanto, avançar qual o custo total da operação, afirmando apenas que 30% são uma compensação dada pela companhia ao Estado e que os restantes 19% serão comprados por um valor ainda não apurado.
“O valor das acções das empresas altera todos os dias”, indicou José Gonçalves para justificar o facto de ainda não ter sido estabelecido um preço para a compra dos 19% de capital da Binter-CV.
Garantiu que com aquisição de 49% do capital da Binter, o Estado terá assento no conselho de administração da transportadora aérea nacional.
Perguntado se o fim dos voos directos para a capital, a partir de Janeiro do próximo ano, não será uma desvantagem para a TACV, que abdica do mercado a favor de empresas como a TAP, Azores Airlines e Royal Air Marroc, afirmou que não entende que seja uma desvantagem para a companhia aérea nacional.
“O importante é que o passageiro tenha alternativas e a concorrência reflecte em melhores preços para o passageiro”, indicou o ministro da Economia.
Neste momento, os dois aparelhos da Icelandair que se encontram ao serviço da TACV-Cabo Verde Airlines estão em regime de wet lease, um contrato em que uma companhia aérea disponibiliza o avião, a tripulação completa (pilotos, comissários de bordo e hospedeiras).
Além disso, garante ainda a manutenção e suporta o seguro do avião, recebendo em contrapartida o pagamento pelas horas operadas por parte da operadora.
A assinatura do contrato de gestão com a Loftleider Icelandic do grupo Icelandair foi assinado no dia 10 de Agosto, na Cidade da Praia, tendo o ministro da Economia, José Gonçalves, dito que se trata de uma “medida fundamental” para o sucesso da reestruturação da TACV e “peça essencial” na criação do negócio “hub” aéreo em Cabo Verde.