Brava: Comunidade de Lomba Tantum volta a apelar agilidade no conserto do teleférico

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Os pescadores e peixeiras de Lomba Tantum voltaram a pedir com urgência uma intervenção das autoridades competentes no conserto do teleférico desta localidade da ilha Brava, tendo em conta, que o aparelho já tem três dias sem funcionar.

Em declarações à imprensa, o presidente da Cooperativa dos Armadores, Pescadores e Peixeiras (CoopUnipesca) de Lomba Tantum, Anildo Baptista, disse hoje que o teleférico tem sofrido avarias constantes, sendo que necessita de uma intervenção mais aprofundada para resolver de vez, este problema, que tem arrastado há muitos anos.

“Já fizemos várias denúncias na comunicação social sobre esta situação, no entanto, até agora ninguém pronunciou sobre isto e na comunidade esta situação é bastante preocupante”, comentou.

“Houve tempo em que o aparelho ficou três meses sem funcionar, e eu como representante da comunidade de pesca, isso traz-me uma preocupação, tendo em conta que a comunidade já está afectada, neste sentido e o Governo precisa resolver esta situação” , salientou.

Conforme este responsável, o teleférico é uma infra-estrutura que foi investido em 2015, no Governo anterior e a sua capacidade inicial era de 100 quilos, porém de acordo com o mesmo, actualmente não consegue transportar nem mesmo 20 quilos de peixe.

Neste sentido, disse que para poderem transportar um peixe com mais de 20 quilos, seria necessário dividir a mercadoria para que o aparelho fizesse duas voltas e assim conseguir transportar a carga.

“Mas, caso tenhamos muita quantidade de peixe, isso levaria muito mais tempo até conseguirmos transportar toda a carga. Nove anos já se passaram, quando foi instalado este teleférico, todavia, o cabo de aço era para ser trocado dois anos depois, mas até ao momento nunca chegaram a fazer esta troca, a não ser alguma manutenção básica que é feita por alguns mecânicos residentes”, afirmou.

Anildo Baptista garantiu ainda que o Ministério do Mar mostrou “grande interesse e impacto” em assumir este compromisso, perante ao Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA), no intuito de fazer com que haja um investimento de requalificação, principalmente a mudança do cabo de aço e algumas peças básicas.

“O interesse da comunidade é que este aparelho seja gerido da melhor forma possível, perante os pescadores e comunidade inteira, pois nós temos estado a mostrar a nossa preocupação, nas reuniões com o delegado do MAA, mas, no entanto, não estamos a ser correspondido”, assegurou, frisando que se o aparelho for gerido pela entidade local teria mais impacto para pescadores e peixeiras e estaria mais perto da comunidade.

A mesma fonte disse ainda que, quando este aparelho não está a funcionar, é um sacrifício as peixeiras subirem com os peixes na cabeça. “Também os comerciantes têm estado a pagar um preço exagerado para conseguirem tirar a mercadoria do porto para a suas casas”, ressaltou.

Por seu turno o pescador José António Monteiro, que também partilha da mesma opinião, reforça o apelo do conserto da máquina, tendo em conta, que as avarias são constantes e também solicita uma sombra improvisada para melhor trabalharem no teleférico.

“Já tínhamos falado com o antigo delegado do MAA, mostrando-lhe os nossos problemas, mas até agora não obtivemos qualquer resposta. Quando há uma avaria mais grave costumam enviar mecânicos, mas na maioria das vezes eu mesmo faço os pequenos ajustes”, finalizou.

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