Cabo Verde quer colocar Ilha de Santo Antão entre as 20 mais belas do mundo

0
2718

O Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) de Cabo Verde (2017-2021) destaca, como um dos desafios para Santo Antão, a promoção desta ilha do arquipélago com vista a estar, nos próximos anos, entre as 20 ilhas mais belas do mundo.

O PEDS, apresentado no início desta semana em Santo Antão, durante a conferência sobre a regionalização, destaca a aposta no ecoturismo e no turismo étnico como uma das vias para se promover Santo Antão como destino turístico e se colocar esta ilha, até 2021, entre as mais belas do planeta.

A nível do turismo étnico, esse plano destaca a presença dos judeus nesta ilha como um potencial produto turístico e “uma oportunidade” de promoção de Santo Antão.

O facto do químico Roberto Duarte Silva, cuja casa, na cidade da Ribeira Grande, pode ser transformada num museu, ser natural de Santo Antão constitui outra oportunidade de promoção desta ilha como destino turístico, refere ainda o PEDS.

O “site” de turismo Viral Planet fez, recentemente, um “ranking” dos 25 sítios mais belos do mundo e a localidade de Fontainhas consta da lista, que traz, também, outras paisagens de vários países, como Austrália, Brasil, Alemanha, Nova Zelândia, Paquistão e índia.

Antes disso, a edição espanhola da revista National Geographic havia colocado Fontaínhas no “top 10” das aldeias com a melhor vista do mundo, tendo ficado na segunda posição.

Autarcas, operadores turísticos, empresários agentes culturais, santantonenses têm estado a defender, nos últimos anos, a necessidade do Governo, conjuntamente com os municípios, avançar junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) com a candidatura de Santo Antão a património natural da humanidade.

A Associação dos Municípios de Santo Antão (AMSA), que lançou essa ideia, há quase uma década, promete continuar a “lutar” para que “a ilha das montanhas” venha, no futuro, a ter o estatuto de património natural da humanidade, acreditando que, “pelo menos, “algumas zonas têm potencial mais do que suficiente” para alcançar esse estatuto.

A AMSA, em 2009, apresentou ao Governo uma primeira proposta que não avançou, porque entendeu-se, na altura, que devia-se priorizar outras candidaturas, como a da Ribeira Grande de Santiago, que veio a ser declarada património da UNESCO.

Segundo o presidente da AMSA, Orlando Delgado, “toda a gente que visita Santo Antão fica fascinada com esta pérola que é um património que tem de ser preservado”.

Santo Antão recebe, neste momento, algumas iniciativas, entre os quais o projeto Raízes (Redes locais para o turismo sustentável e inclusivo em Santo Antão) e a Rota das Aldeias Rurais que visam, nos próximos anos, “diversificar e qualificar” a oferta turística nesta ilha com base na valorização do património natural. Apesar de Santo Antão não ser ainda considerada um destino turístico, a procura está a crescer nesta ilha, que recebeu, em 2017, mais de 26 mil turistas, registando um crescimento de 23,8%, face ao ano de 2016.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Por favor, insira seu nome aqui