A 16 de dezembro, a Ethiopian Airlines fez o seu primeiro voo doméstico em África – partiu de Addis Abeba, na Etiópia, para Lagos, na Nigéria – totalmente operado por uma equipa feminina, desde pilotos, tripulação de cabine e pessoal de terra. O Boeing 777 completou a viagem em cinco horas e meia.
O objetivo deste voo feito apenas por mulheres passava por encorajar as mulheres africanas a considerarem fazer carreira na aviação, uma indústria atualmente dominada por homens.
Esta não foi a primeira vez que a companhia aérea completou um voo operado apenas por tripulação e pilotos do sexo feminino: em 2015, a Ethiopian Airlines fê-lo intencionalmente num voo internacional para Banguecoque, na Tailândia.
A mesma piloto, Amsale Gualu, fez ambos os voos, dizendo: «Esta iniciativa mostra que, se as mulheres conseguirem ter oportunidades iguais e trabalharem arduamente, podem conseguir o que quiserem em todos os campos, incluindo a indústria da aviação».
Cerca de um terço dos funcionários da Ethiopian Airlines são mulheres; no entanto, elas ocupam mais frequentemente cargos do pessoal de check-in e assistentes de bordo, em vez de pilotos e técnicos.
Um porta-voz da Ethiopian Airlines disse: «Esta é uma grande oportunidade para inspirar jovens estudantes africanas a acreditarem nos seus sonhos e começarem a preencher os postos de trabalho da Aviação. As mulheres são os maiores recursos por explorar do continente e, por isso, estamos totalmente dedicados a tentar garantir o aumento do número de mulheres nos cargos de tomada de decisão sobre as áreas operacionais principais, consistentemente preparando e aconselhando mulheres para cargos gerenciais, técnicos e operacionais superiores».
Este não foi o primeiro voo em África a ser feito apenas por mulheres -a Malawi Air já tinha voado com uma equipa composta por mulheres numa viagem de Blantyre, Malawi, para Dar-es-Salaam, na Tanzânia, em março deste ano.