De acordo com a Directora Nacional dos Museus, a antropóloga Eugénia Alves, do Instituto do Património Cultural (IPC), Cabo Verde tem cerca de duas dezenas de museus, entre públicos e privados, mas falta na sociedade cabo-verdiana a cultura de visita a estes espaços, que são procurados quase exclusivamente por estudantes e turistas.
A responsável falava à agência Lusa a propósito do Dia Internacional dos Museus, de que a maior fatia do público afecto são os estudantes e a seguir os turistas, principalmente na altura dos cruzeiros.
O país tem 22 museus e núcleos museológicos espalhados pelas ilhas, com excepção da Boavista e Maio, o IPC é responsável pela gestão de oito destes espaços, contando-se entre os mais procurados o Museu Etnográfico da Praia, o Museu da Resistência, no Campo de Concentração do Tarrafal, e o Museu do Mar e o Centro Museológico Cesária Évora, em São Vicente.
O Museu Etnográfico da Praia Inaugurado em 1997 e reaberto em Outubro de 2016, depois de dois anos fechado, recebeu nos três últimos meses do ano passado mais de 2500 visitantes, números que Eugénia Alves estima triplicar durante o ano de 2017. Mas para isso é necessário desenvolver actividades para trazer pessoas ao museu, como formar técnicos especializados, criar sustentabilidade financeira, aumentar de recursos humanos (guias) para acompanhar as visitas e ter a capacidade de manter os museus abertos fora do horário de trabalho da Administração Pública.
