Expositores divididos quanto aos impactos da IX edição da Expomar

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Os expositores presentes na IX edição da Feira das Actividades Ligadas ao Mar (Expomar), no Mindelo, mostraram-se divididos quanto aos impactos do evento, que para uns teve pouca adesão e para outros possibilitou divulgar os produtos.

Hirondina Sousa, representante da empresa de acessórios de pesca Sat, com sede no Mindelo, disse que participa da feira desde o início e agora, em 2022, deverá ter sido o ano em que se registou menos movimento de pessoas a visitar.

Desde quinta-feira, 29, dia do arranque da feira, até ontem, último dia, o movimento foi, segundo a mesma fonte, “muito fraco”.

Quem também tem a mesma opinião é a coordenadora comercial de pequenas e médias empresas do Banco Cabo-verdiano de Negócios (BCN), Eva Fortes, para quem o certame esteve “muito lento” em termos de expositores e até do próprio público.

A gestora relacionou a fraca adesão com os impactos da pandemia, mas, mesmo assim, congratulou-se com a realização, que, a seu ver, permite relançar o sector que “nunca esteve parado”.

No caso do BCN, a participação na feira teve como propósito divulgar a linha de crédito ligado ao sector marítimo e criado desde 2018, e que se mostra como uma “alternativa” para o apoio aos empresários na aquisição, por exemplo, de redes de pesca, motores e construção naval, entre outras.

Bem mais radiante, o sócio-gerente da Mindel Jet Club, Américo da Luz, assegurou ter sido “muito interessante” a estreia da empresa no evento.

“Muitas pessoas tiveram o primeiro contacto com a mota de água e muitas se interessaram”, considerou, classificando de “muito positivo” o impacto e os contactos dos seus produtos com o “grande público”, que era, asseverou, o “objectivo maior”.

Também o presidente da Associação dos Pescadores de Pesca de Salamansa, Auxílio Matias, assegurou ter ficado com “boa impressão” e conseguido divulgar o produto hambúrguer de peixe, que pretendem colocar agora do mercado, que resulta de um projecto dos governos de Cabo Verde e do Japão.

Entretanto, a organização, representada pela presidente da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC), Angélica Fortes, fez um balanço “extremamente postitivo” dos três dias da Expomar durante a qual, asseverou, houve uma “adesão enorme” de visitantes e “contactos importantes” para negócios.

“Houve aqui concretização de negócios e vendas de produtos”, garantiu a mesma fonte, que disse ter recebido “crítica positiva” dos expositores.

Angélica Fortes apontou entre as novidades a participação, pela primeira vez, das peixeiras de São Vicente, que, inclusive, geriram o espaço alimentar da feira, o que, afiançou, “muito satisfaz” a organização.

Por isso, aseverou a presidente, já se está apreparar a décima edição da Expomar, um evento que, considerou, “deve acontecer devido à importância no sector”.

Angélica Fortes adiantou que em 2023, a feira deve também ser realizada no mesmo espaço, nos armazéns da Enapor, onde agora se pôde fazer a adaptação e satisfez as expectativas.

Segundo a mesmo o espaço é “melhor lugar” em São Vicente para receber a actividade, depois das instalações da FIC, na zona da Laginha, terem sido demolidas para dar lugar a construção de um hotel.

Os armazéns da Enapor também devem receber a próxima edição da FIC, prevista para o mês de Novembro, tal como assegurou Angélica Fortes.

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