O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva lançou hoje, em São Lourenço dos Órgãos, o Programa Operacional do Turismo (POT) como acelerador do crescimento e impulsionador do emprego e enquanto sector transformador e de confiança na retoma do fluxo turístico.
Materializado no programa do executivo para o turismo, o POT baseia-se num modelo de crescimento de turismo ancorado na sustentabilidade, preservação dos recursos naturais, culturais, patrimoniais e humanos do país, como a mais valia para a construção de um produto turístico resiliente e diversificado em todas as ilhas e municípios, em busca de uma maior desconcentração da oferta turística.
Ulisses Correia e Silva disse que com este programa está-se num ponto de chegada e de partida relativamente à transformação que se pretende introduzir no sector do turismo, fortemente impactado pela pandemia, convicto que o turismo é dos sectores que mais rapidamente se vai recompor, desde que haja retoma de fluxo e confiança.
“Nós estamos a fazer com que esta retoma esteja não numa reprodução igual do que existia antes, mas que seja ainda melhor, relativamente a tudo aquilo que Cabo Verde pode oferecer para o desenvolvimento de um turismo sustentável e que seja de facto um acelerador do desenvolvimento, que tem impacto no crescimento económico”, referiu o Chefe do Governo.
A este propósito afiançou que o turismo deve ser visto como um sector arrastador de outros sectores, pois que tem esta valência, alertando que Cabo Verde precisa de escala e de dimensão, não só em termos de quantidade, mas sobretudo, em termos de rendimento.
O POT, especificou, foi desenvolvido num conceito muito integrado, saído de um planeamento estratégico, virado para horizontes a longos prazos, que ultrapassam o dos ciclos políticos, já que são estruturantes e enquadram-se no “master-plans” de cada uma das ilhas que definem a arquitectura e o inventário do potencial existente no país, de uma forma diversificada e diferenciada.
Considerou, ainda, que este programa tem um aspecto muito importante, por ser multissectorial com multi-actores numa perspectiva de médio prazo, por ser um projecto integrado, com foco, de modo que cada escudo injectado tenha uma finalidade, pelo que considerou a gestão como o grande desafio deste programa, para que seja eficaz e efectivo.
“O primeiro passo é compreensão disto. Precisamos de ter todos os actores, o Governo, as câmaras municipais, o sector privado, os nossos parceiros internacionais com foco para o mesmo programa e para os mesmos objectivos”, asseverou o Primeiro-ministro, destacando o foco na sustentabilidade económica, social e ambiental, ressaltando a aposta num turismo verde.
Isto por entender que Cabo Verde tem nas suas ilhas potenciais adormecidos, que podem ser acordados e transformados nos recursos em valores, desde que trabalhados com qualidade e acessibilidades, assim como a criação de condições para a prática do turismo rural, cultural, visando a criação de empregos e promoção do empreendedorismo.