Governo quer promoção das reservas da biosfera do Fogo e Maio para atrair turismo e estudos académicos

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O ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, pediu hoje, à margem do primeiro Fórum Nacional das Reservas da Biosfera de Cabo Verde, a promoção das mesmas, associando-as ao turismo, conhecimento e estudos académicos.

Em declarações à imprensa, o governante afirmou que os ganhos só podem existir se o Governo, as câmaras municipais, a população, as organizações e o sector privado, trabalharem em conjunto na promoção deste “grande selo”, que são as reservas mundiais da biosfera da Unesco, das Ilhas do Fogo e do Maio, declaradas desde 2020.

“Estamos criando todas as condições, porque é a primeira experiência de Cabo Verde no que toca a existência das reservas mundiais da biosfera da Unesco, pelo que estamos a criar todos os instrumentos no sentido de alavancarmos estas reservas do ponto de vista jurídico, institucional e sobretudo a promoção”, afirmou o ministro da Agricultura e Ambiente.

Neste sentido, referiu que o fórum ora realizado visa apresentar e validar os documentos estratégicos de gestão das reservas da biosfera, incluindo a estratégia nacional e os planos de acção específicos de cada reserva.

Na mesma linha, o presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuias Silva, destacou a importância do projecto, tendo em vista os ganhos que podem ser conseguidos em termos ambiental, paisagístico, espécies endémicas e da fauna e flora.

“O selo da reserva da biosfera veio acrescentar, relativamente àquilo que é a visão das autarquias, ao tipo de desenvolvimento sustentável que queremos para a ilha do Fogo”, referiu Nuias Silva, defendendo uma “relação saudável” entre o homem e o ambiente.

Por outro lado, o vereador do Ambiente da Câmara Municipal do Maio, Alcides Silva, apontou que a marca veio também reforçar aquilo que se encontrava em curso na protecção do meio ambiente, não obstante os desafios, nomeadamente, mais consciencialização da comunidade e de investimentos na área do saneamento e ambiente.

O projecto de Apoio à Consolidação das Reservas das Ilhas do Fogo e Maio é orçado em 164 mil contos, contando com o financiamento do governo português, através do Fundo do Ambiente de Portugal, e de Cabo Verde.