Santo Antão, por um grupo de produtores que, a partir de Outubro, começou a engarrafar o grogue dessa localidade visando a sua exportação.
Simão Évora, sócio-gerente dessa sociedade, informou que se trata de “uma experiência piloto”, em que se pretende engarrafar mil litros de grogue velha e normal, com marca dessa localidade, que vão ser colocados nos mercados turísticos nacionais, mas também além-fronteiras, sobretudo junto da diáspora cabo-verdiana.
Segundo Simão Évora, depois do engarrafamento, o grande desafio dos produtores tem a ver agora com a certificação do grogue produzido no Tarrafal de Monte Trigo como forma de torná-lo mais competitivo e facilitar a sua inserção, sobretudo nos mercados internacionais.
O conhecido grogue que se produz no Tarrafal de Monte Trigo, uma zona que, além da agricultura e pesca, tem, igualmente, muitas potencialidades turísticas, tem chegado já a vários países do mundo através de turistas, mais a intenção dos produtores é “preparar um produto capaz de competir a nível nacional e internacional”, avançou este produtor.
A sociedade está a apostar, também, no fabrico de derivados do grogue, como ponche utilizando ainda produtos locais, como a manga e tambarina (tamarindo).
Igualmente, na Ribeira da Cruz, outro vale agrícola no interior do Porto Novo conhecido pelo “bom grogue” que produz, o produtor Emídio Alves tem vindo a apostar no engarrafamento do grogue, visando a sua colocação nos mercados turísticos.
O grogue de Santo Antão, cuja produção ronda dois milhões de litros/ano, já goza de “alguma facilidade de escoamento” para os Estados Unidos e Europa, embora o valor do produto nesses mercados esteja “aquém do desejável”, segundo a Câmara de Comércio de Barlavento.
A inserção do grogue de Santo Antão na lista das bebidas alcoólicas comercializadas nos principais mercados internacionais e a adopção de um plano de marketing para a promoção do grogue e seus derivados constituem uma das aspirações dos produtores da ilha de Santo Antão.