Este acordo, segundo noticia a agência Lusa, vai custar ao Estado cabo-verdiano 925 mil euros e visa preparar a empresa para a privatização.
O contrato de gestão da TACV Internacional, que ficará sedeada na ilha do Sal, e terá a duração de um ano, renovável por igual período caso a privatização não acontecer antes, foi assinado pelos ministros cabo-verdianos das Finanças, Olavo Correia, e da Economia, José Gonçalves, pelo presidente e administrador Executivo da TACV, José Luís Sá Nogueira e Armindo Sousa, respectivamente, e pelo vice-presidente da Loftleider Icelandic, pertencente ao grupo Icelandair, Erlendur Svavarsson.
José Gonçalves indicou que a Icelandair vai reforçar a frota internacional da TACV com mais dois aviões, aumentando para cinco até final do próximo ano e 11 dentro de três anos.
Ainda segundo o ministro da Economia de Cabo Verde, neste momento, o grupo islandês não entra com capital na TACV, mas sim a prestar um serviço de gestão com vista à privatização do negócio internacional, cujo decreto-lei já foi aprovado pelo Conselho de Ministros, mas não descartou a possibilidade da Icelandair poder vir a ser um dos “parceiros estratégicos” para a privatização da TACV Internacional, e depois, sim, entrar com capital.
O ministro informou que o governo cabo-verdiano entrará com 100 mil euros no primeiro mês e 75 mil euros por mês durante o período em que a Icelandair vai gerir a empresa.
O grupo, com mais de 80 anos de história, pretende também aumentar a conectividade do país com o mundo e trazer mais turistas para o arquipélago.
Para já, José Luís Sá Nogueira vai continuar como presidente do Conselho de Administração da TACV, mas a Icelandair vai ter um administrador delegado em Cabo Verde, que será o português Mário Chaves, que depois vai assumir a administração executiva da transportadora aérea. Em declarações aos jornalistas, o novo responsável indicou que a ideia é concentrar nos fluxos com Europa, África e Américas.
A gestão, e futura privatização do negócio internacional da TACV, são outros pontos da reestruturação da companhia, depois da atribuição dos voos domésticos em exclusivo à Binter Cabo Verde, em cujo capital o Estado cabo-verdiano entrará com 49%.