O primeiro-ministro anunciou na sexta-feira que a Icelandair já apresentou proposta para a aquisição de 51% da transportadora aérea de bandeira cabo-verdiana e que a TACV vai ser privatizada como previsto.
“Ao contrário da desinformação posta a circular, Icelandair não abandonou a TACV. Terminou o contrato de gestão, passamos à fase seguinte, que é a negociação da privatização. Icelandair já apresentou proposta para a aquisição de 51% da TACV. TACV vai ser privatizada como previsto”, assegurou Ulisses Correia e Silva no seu discurso sobre o estado da Nação.
O chefe do Governo esclareceu que “o desfasamento de tempo entre o fim dos contratos de “wet lease”, que originou o regresso dos dois aparelhos da Icelandair, e a chegada de novos aviões não foi por causa de falta de pagamentos e falta de credibilidade da TACV como aconteceu em inícios de 2016”.
Disse que, enquanto o Boeing arrestado nunca mais regressou e os restantes aparelhos foram comprometidos, deixando a TACV sem aviões (durante a governação anterior), hoje, dois Boeings estão a voar, e um terceiro deverá chegar em breve e o desenvolvimento do negócio fará a empresa ser dotada de mais aviões.
Ulisses Correia e Silva adiantou, ainda, que outra companhia poderá começar a operar nos transportes aéreos inter-ilhas, e que tem havido já manifestação de interesse nesse sentido, ressalvando que, apesar de contratempos que surgem no percurso, o seu governo está focado no objectivo de dotar o país de um “bom sistema de transportes”.
“A gestão dos aeroportos será concessionada e a Cabo Verde Handling privatizada, enquadrada na estratégia de operacionalização do “hub” aéreo e de desenvolvimento do sector dos transportes aéreos, incluindo investimentos em aeroportos como o da Praia, Santo Antão e Maio”, indicou, acrescentando que as pistas dos aeroportos de São Filipe e da Boa Vista serão iluminadas.
Em Setembro, segundo o primeiro-ministro, será fechado concurso para a concessão de linhas de transportes marítimos inter-ilhas, com investimentos em barcos e regulação do sector que terá um “forte impacto” na dinamização da economia das ilhas.
Ulisses Correia e Silva anunciou, também, o lançamento de concursos, “brevemente”, para o redimensionamento do Porto do Maio e para a segunda fase do Porto da Palmeira (ilha do Sal).