O vice-presidente da International Finance Corporation (IFC) para África assegurou, na ilha do Sal, que a instituição financeira “está disponível” para apoiar Cabo Verde no desenvolvimento do turismo sustentável e mais diversificado.
Sérgio Pimenta encontra-se de visita em Cabo Verde para discutir o crescimento económico e a criação de emprego liderados pelo sector privado, tendo-se reunido com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e outros membros do Governo.
“Estamos aqui para apoiar o desenvolvimento do sector, apoiar as empresas a nível do turismo e transportes. Temos muito orgulho de poder apoiar Cabo Verde nestes sectores que são essenciais para o desenvolvimento económico do País” reiterou Sérgio Pimenta, que falava à imprensa, após se reunir com o ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos.
Fazendo menção aos projectos em curso, conta, por outro lado, que o projecto “mais imediato”, a curto prazo, prende-se com o financiamento de uma cadeia de hotéis no País, entre projectos, designadamente de pequenas e médias empresas, que viriam a apoiar o desenvolvimento da cadeia de valor a volta dos hotéis.
“Temos agora uma carteira de projectos que vamos poder financiar no sector do turismo, mas também no sector dos transportes, pelo que queria, nesta primeira visita ao Sal, encontrar com os operadores, com empresas do sector privado. E, esperamos poder ajudar, já que estamos dispostos a apoiar mais Cabo Verde nos diferentes eixos”, enfatizou.
Sérgio Pimenta destacou também a possibilidade de apoio às pequenas e médias empresas, não só de financiamento, conforme disse, mas de apoio técnico.
“As pequenas e médias empresas são uma grande fonte de emprego e é muito importante apoiá-las para que, agora que estamos a sair dessa pandemia da covid-19, possam fortalecer-se, continuar a ser resistentes, a criar mais empregos e actividade económica”, sublinhou.
Por seu lado, o ministro do Turismo, Carlos Santos, considerou que se trata de uma “importante visita”, já que a presença do vice-presidente do IFC em Cabo Verde, demonstra a importância que estão a dar ao arquipélago.
“Numa altura em que estamos a investir no POT [Programa Operacional do Turismo], com um envelope financeiro de aproximadamente 200 milhões de euros, para investimentos do sector público”, referiu, acentuando que com a vinda da IFC está-se a querer também trazer o sector privado para acompanhar esse processo.
“Há muitas oportunidades no sector do turismo e em toda a cadeia de valor do turismo, mas, para isso, precisamos de estar a competir também com o mundo inteiro, por isso, a vinda do IFC é para dar essa resposta, a esse capítulo de financiamento, que tem sido um problema em Cabo Verde, tendo em conta a dimensão do País e o custo capital”, admitiu Carlos Santos.
Embora, segundo o governante, se tenha feito uma “curva descendente” daquilo que são as taxas de juros aplicadas.
Neste particular, o ministro sublinhou que a vinda da IFC permite mais uma alternativa para as empresas em Cabo Verde, sejam elas do turismo ou outras áreas.
“Por isso, estamos satisfeitos, estivemos reunidos a falar das oportunidades que existem, também dos desafios que ainda temos. Muito brevemente iremos convidar as empresas para juntamente com o IFC apresentar as propostas e facilidades”, concluiu o titular da pasta do Turismo e Transportes.
