Ilha do Fogo: Adega/Cooperativa Sodade pode registar diminuição da produção na ordem dos 40 a 50 por cento

A adega/cooperativa Sodade, dos vitivinicultores de Achada Grande, Relva e Corvo (Mosteiros), prevê uma redução na ordem dos 40 a 50 por cento (%) na produção deste ano em relação ao do ano transacto, disse o responsável Eduino Lopes.

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Ilha do Fogo

Esta unidade de transformação iniciou a vindima há duas semanas, a 24 de Julho, cerca de um mês depois da adega/cooperativa Chã ter iniciado o processo, e o responsável disse à Inforpress que tem registado a presença de mangra nas uvas que deixa cerca de metade da produção inapropriada para a produção de vinho.

Os vitivinicultores das zonas altas dos Mosteiros produzem os vinhos branco e rosé nas suas instalações em Achada Grande, com o processo praticamente concluído, e o vinho tinto na adega improvisada em Chã das Caldeiras, depois da destruição da unidade pelas lavas da erupção vulcânica, por ser mais exigente o seu processo de fermentação e de toda a produção.

Neste momento a adega/cooperativa Sodade, principalmente o seu presidente que dispõe de parcela no interior da Caldeira (Ilhéu de Losna), continua em plena faina de vindimas e estima que poderá levar mais duas ou três semanas para concluir a colheita e a primeira etapa da produção de vinho tinto.

Eduino Lopes disse que o problema de água não se faz sentir com muita acuidade porque a empresa Águabrava tem disponibilizado água auto-transportada a 1500 escudos/ tonelada, sendo que cada deslocação custa mais de 18 mil escudos.

O presidente da Sodade disse à Inforpress que a ideia é também produzir vinho espumante dando continuidade ao processo iniciado em 2015 com o vinho produzido em 2013, indicando que a previsão é para produção de pelo menos mil garrafas de espumantes, contando com apoio técnico do técnico italiano, Franz Egger.

A adega/cooperativa Chã, por seu lado, que iniciou o processo na última semana de Junho, há mais de 40 dias, “não tem tido problemas” com a matéria-prima, nomeadamente de registo de mangra, e, contrariamente à Sodade, vai aumentar a sua produção em relação ao ano passado.

Há cerca de duas semanas, os responsáveis da adega Chã previam receber toda a produção, que ultrapassa a de 2014, o ano de maior produção e em que se transformou mais de 200 toneladas de uvas,

Apesar de ter iniciado a vindima mais cedo do que o habitual, a adega/cooperativa Chã ainda está no processo que, segundo Rosandro Pires Monteiro, presidente da associação da cooperativa de transformação de produtos agro-pecuário de Chã das Caldeiras (Agro-Coop), poderá demorar no máximo, duas semanas.

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