O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, voltou a deixar uma “mensagem de confiança” aos empresários das diferentes áreas de actuação, na ilha do Sal, hoje durante um encontro com a classe empresarial local.
O encontro com os empresários do sector turístico aconteceu à margem da cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Câmara do Turismo, liderado pelo empresário Jorge Spencer Lima, evento presidido pelo primeiro-ministro.
Face às várias preocupações dos empresários que vão desde problemas de conectividade, cadeias de distribuição, aumento do preço dos produtos, da matéria-prima, entre outras, o chefe do Governo disse em declarações à imprensa que, não obstante as situações de crises, pandémica e agora esta “crise inflacionista” provocada pela guerra na Ucrânia, a “mensagem é de confiança”.
“Não significa que não tenhamos que encarar de frente, proteger, mitigar, ser resilientes, ultrapassar as dificuldades… é isso que fizemos com a pandemia. Para além de resolver os problemas, dar respostas de emergência, vamos trabalhar em conjunto nas questões estruturais”, salientou.
Ulisses Correia e Silva está a falar das conectividades, reiterando, neste particular, que o Governo tem uma estratégia “muito clara” no sentido de investir mais, para que haja mais ligações e com preços mais competitivos, bem como a concessão do serviço público de transportes inter-ilhas, facilitar também a nível de custos e regularidade de transportes de produtos, entre outros desígnios.
Destacando o papel dos empresários, o chefe do Governo ponderou, entretanto, que há um grande desafio para o sector privado que vai no sentido de garantir as condições de centrais de cadeias de distribuição, que não será o Governo a fazê-lo, mas ganhar escala e fazer chegar o mercado, nomeadamente ao mercado turístico do Sal e da Boa Vista.
“Com produtos em quantidade e em qualidade, com logística suficiente para chegar ao mercado (…). O Governo está disponível em trabalhar nesse sentido, já que é uma das grandes preocupações”, assegurou.
Por outro lado, admitindo que relativamente ao Sal as inquietações são as mesmas, têm a ver, nomeadamente com a tranquilidade, segurança, o assédio a turistas, organização em Santa Maria, Ulisses Correia e Silva disse que esses problemas têm que ser resolvidos, juntamente com a autarquia local para que se possa dar um “salto positivo” na qualidade do espaço urbano.
Questionado sobre o grau de dificuldade ou complexidade de resolução das questões levantadas pelos empresários nesse encontro, o chefe do Governo acautela, referindo que o Estado não resolve os problemas dos empresários, antes um parceiro, criando condições, mecanismos e instrumentos para se trabalhar conjuntamente, de uma forma organizada.
“Procuramos soluções concertadas, temos que criar cada vez mais ambientes e condições favoráveis, mas termos a compreensão também de que estamos em contextos muito difíceis, que atingem o Estado, as finanças públicas, as empresas e as famílias. Mas não há crise que dure para sempre. E aquilo que eu senti é que há confiança”, manifestou.
