Um terço dos britânicos alterou os seus planos de viagens de férias por temerem atentados terroristas. A conclusão é de uma pesquisa efectuada pelo World Travel Market London que reflecte a ideia de que a ameaça terrorista, embora leve a uma alteração de destinos, não está a ter impacto negativo no desejo de viajar.
Um inquérito efectuado pelo WTM London junto de 2.000 turistas britânico, cujos resultados foram agora divulgados, revelou que 17% do total dos inquiridos evita destinos onde a ameaça terrorista é elevada, enquanto 12% evitam países que já sofreram este tipo de ataques. Além disso, cerca de 1/5 dos inquiridos (16%) estão tão preocupados com a segurança e os ataques terroristas que se recusam a viajar e já cancelaram mesmo as suas férias.
Com o factor segurança a ser um dos mais importantes quando pensam num destino de férias, 58% dos turistas considera que existe uma clara insuficiência informativa sobre os destinos para onde continua, ou não, a ser seguro viajar.
Mesmo assim, a maioria dos inquiridos, 55%, afirmou que o terrorismo não teve impacto negativo no seu desejo de viajar. No entanto, adiantaram ser possível que este facto os tenha levado a alterarem a sua escolha em termos de destinos de férias, optando por “destinos mais seguros”. De acordo com o WTM London, o pico da procura por destinos como Portugal, Grécia, Espanha e Itália, verificado no primeiro semestre deste ano pode ser resultado desta alteração de escolhas.
Paul Nelson, porta-voz do WTM, comentou a propósito dos resultados deste inquérito, que “com a maioria das capitais em alerta elevado, não surpreende que sejamos mais cautelosos quando escolhemos o destino de férias. No entanto, o forte desejo de férias por parte dos britânicos, não será provável que a ameaça terrorista venha a ter um impacto determinante na resiliente indústria das viagens”.