Ministro do Turismo anuncia polo da Escola de Hotelaria e Turismo em São Vicente em 2024-2025

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O ministro do Turismo e Transportes comunicou o início do polo da Escola de Hotelaria e Turismo em São Vicente no ano lectivo 2024-2025, numa parceria com Portugal, visando promover a qualificação e mobilidade laboral no sector turístico.

Carlos Santos fez esse anúncio em declarações à Inforpress, de visita à Lisboa, onde se reuniu com o secretário de Estado do Turismo de Portugal, Pedro Machado, na terça-feira, 04, depois de participar na XII Reunião de Ministros do Turismo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu em São Tomé e Príncipe no dia 31 de Outubro.

O ministro sublinhou que o projeto visa fortalecer a qualificação de jovens cabo-verdianos e promover a mobilidade laboral, factores considerados essenciais para o crescimento sustentável do turismo no arquipélago e na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Esta reunião com o secretário de Estado do Turismo em Lisboa foi muito profícua. Tratámos de dossiês essenciais, como a mobilidade laboral e a criação deste polo que visa atender a crescente demanda de mão de obra qualificada,” afirmou o ministro.

A mesma fonte acrescentou que o projecto vai permitir uma “dupla certificação” cabo-verdiana e portuguesa, proporcionando aos alunos vantagens competitivas tanto em Cabo Verde como em Portugal.

O projecto de formação em São Vicente, que irá receber apoio técnico e institucional de Portugal, pretende atender às necessidades específicas das ilhas do norte do país, complementando a oferta formativa já existente no arquipélago.

“Com o crescimento do turismo, a procura por mão de obra qualificada também aumenta. Este polo será um ponto crucial para expandir as oportunidades de formação contínua e inicial, com cursos de mais de um ano, como forma de responder a esta necessidade,” acrescentou o ministro.

Carlos Santos informou que a formação inicial começa já no próximo ano lectivo, sendo que essa dupla certificação vai fomentar um turismo de “qualidade e diferenciado”.

Segundo o ministro do Turismo e Transportes, essa colaboração também abrange estudantes de outros países lusófonos, como São Tomé e Guiné-Bissau, por exemplo, porque Cabo Verde quer aumentar as vagas para jovens destes países, numa “demonstração de solidariedade e apoio” à formação de profissionais de turismo em toda a CPLP”.

O polo em São Vicente está também a preparar-se para colaborações com novos empreendimentos, como o futuro Hotel Sheraton na ilha, já com programas de formação contínua iniciadas para profissionais de turismo, o que, na opinião do ministro, este projecto formativo, que será agora ampliado, representa um “passo importante” para qualificar a mão de obra e garantir padrões de qualidade no sector hoteleiro.

“A nossa Escola de Hotelaria e Turismo já se tornou uma referência pela qualidade que trouxe ao turismo em Cabo Verde, e o novo polo em São Vicente reforçará esta missão”, considerou, reforçando que o fortalecimento da formação e das parcerias com Portugal trará ganhos significativos para o sector e para o país.

Além do foco na formação, outros temas abordados na reunião incluíram a cooperação técnica para o desenvolvimento de projectos turísticos inovadores, como o das aldeias turísticas, que visa a criação de 18 aldeias com foco no turismo de natureza e ecoturismo.

“Portugal tem uma experiência consolidada no turismo rural e ecoturismo, e essa parceria permitirá que Cabo Verde aprenda e aplique modelos que já provaram ser bem-sucedidos”, frisou Carlos Santos, mencionando que o projecto será um impulso ao turismo em áreas menos exploradas do arquipélago.

O governante referiu-se ainda ao alinhamento de normas e classificações hoteleiras, inspiradas na nova legislação portuguesa de alojamento local, adaptada ao contexto cabo-verdiano, onde o alojamento complementar desempenha um papel fundamental.

Conforme o ministro, a nova legislação no arquipélago, onde o alojamento local é denominado de alojamento complementar, é essencial para regular a oferta de quartos e vivendas por cabo-verdianos, incluindo imigrantes, que têm investido neste sector em expansão.

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