A Organização Mundial da Saúde divulgou comunicado hoje (26), pedindo prioridade na vacinação para diversos funcionários da aviação.
O comunicado destaca que em torno de 5,7 bilhões de passageiros foram transportados pelo modal aéreo em 2019 e que a aviação transporta 35% das cargas mundiais em termos de valor do produto.
A OMS cita a agência irmã ICAO, que também é parte da ONU e foi criada para regular a aviação civil. Segundo dados da ICAO, são ao todo 887 mil pilotos, comissários, controladores de tráfego aéreo e mecânicos que estão na ativa pelo mundo afora. A agência também cita que, para facilitar a movimentação destes profissionais através das fronteiras, eles devem ser priorizados na vacinação.
Inclusive, existe uma crítica contra as quarentenas rígidas que vêm sendo aplicadas a estes profissionais, o que tem aumentado a complexidade operacional das empresas aéreas, além de subir os custos das viagens. Um exemplo disso é o que Hong Kong tem feito, e que desagradou os EUA, obrigado tripulantes a um período de reclusão de 10 a 14 dias.
“Nossas organizações da ONU pedem aos governos que priorizem trabalhadores da aviação e também do transporte marítimo nos seus programas nacionais de vacinação, em conjunto com trabalhadores de serviço essenciais”, afirma a nota.
No Brasil, os trabalhadores da aviação estão em grupo prioritário no Programa Nacional de Vacinação, mas atrás de presidiários, carcereiros, policiais, bombeiros, trabalhadores do setor de educação, e juntamente com trabalhadores de outros modais como rodoviário, aquaviário e transporte público.