O maior partido da oposição em Cabo Verde, o PAICV, associa-se às declarações do Sindicato Nacional de Pilotos de Aviação Civil que, numa carta, expõe as fragilidades da TACV – Cabo Verde Airlines, exigindo medidas do Governo e chamando à atenção a autoridade aeronáutica de Cabo Verde.
Na carta endereçada ao Conselho de Administração da TACV – Cabo Verde Airlines, a Agência de Aviação Civil e ao Instituto de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos e Marítimos, o Sindicato Nacional de Pilotos de Aviação Civil afirma que a “situação financeira grave que atravessa a TACV afecta não só do ponto de vista financeiro e da capacidade de cumprimento das obrigações contratuais da companhia, mas também afecta, de forma grave, a Segurança Operacional da TACV – Cabo Verde Airlines”.
Na carta, os pilotos falam, ainda, de salários em atraso, violação do contrato de trabalho, pelo que exigem medidas do Governo.
Face às denúncias do Sindicato Nacional de Pilotos de Aviação Civil, o PAICV, maior partido da oposição em Cabo Verde, através do porta-voz e deputado, Hipólito Barreto, exige que o Governo tome medidas concretas para resolver os problemas na TACV elencados pelos pilotos.
“Na aviação, todos sabem, que é ‘proibida’ a acumulação de falhas. A tolerância tem o seu limite máximo nos atrasos, transtornos aos passageiros, enfim, nas mazelas comerciais a que a companhia, infelizmente, já nos habituou. Mas se o assunto é Segurança Operacional, a tolerância é zero e é preciso que medidas contundentes e eficazes sejam imediatamente tomadas”, disse o porta-voz do PAICV, Hipólito Barreto.
O PAICV pede ainda ao regulador, a Agência de Aviação Civil, “a estar mais atenta com os incumprimentos e a assumir em pleno as suas responsabilidades, exigindo a efectivação, de forma intransigente, dos regulamentos dela emanados, para garantir o mais alto nível dos padrões de segurança exigíveis”.