O presidente do Fundo Soberano de Garantia de Investimento Privado, Pedro Barros, esteve na Ilha da Madeira, Portugal, onde participou num evento promovido pela Câmara do Comércio e Indústria da Madeira sob o tema “Desafios para integração da Macaronésia”.
Pedro Barros adiantou que o encontro, que aconteceu no quadro das celebrações do dia do empresário madeirense, foi oportunidade para apresentar aos empresários da Macaronésia os benefícios e as vantagens de investir em Cabo Verde, a começar pela garantia de financiamento às empresas desde que estejam sediadas no país.
“Apresentei o Fundo Soberano como um instrumento criado pelo Governo de Cabo Verde para a promoção do investimento, um instrumento que ajuda no acesso ao financiamento às empresas que queiram investir em Cabo Verde”, disse em declarações à Inforpress.
Pedro Barros salientou que todas as empresas instaladas em Cabo Verde, independente da origem do seu capital, necessitando de garantias para fazer novos investimentos ou para expandir seus negócios poderão contar com a garantia do Fundo Soberano.
“Isto quer dizer que se uma empresa com capitais madeirenses, canárias ou açorianas abrir portas em Cabo Verde poderá ter acesso às garantias prestadas pelo Fundo, desde que apresentem projectos sustentáveis”, explicou, adiantando que os empresários presentes no encontro, realizado na cidade Funchal, no dia 19 de Maio, manifestaram interesse em conhecer esse mecanismo de facilitação de acesso ao financiamento.
O encontro culminou com a assinatura de um memorando de entendimento para a criação de uma Confederação das Câmaras de Comércio da Macaronésia de que farão parte as de Cabo Verde, Madeira, Açores e Canárias, o que, na perspectiva de Pedro Barros, poderá contribuir para uma melhor integração da região da Macaronésia.
O Fundo Soberano de Garantia de Investimento Privado, que está efectivamente operacional desde Janeiro de 2023, tem por objectivo garantir a emissão de valores mobiliários, em particular títulos de dívida, por empresas comerciais privadas de direito cabo-verdiano para financiamento dos respectivos investimentos.
Arrancou com um capital de 100 milhões de euros, mas o Governo prevê, a curto prazo, capitalizar o fundo para montante que vai até 200 milhões de euros e no médio prazo chegar a 500 milhões de euros.
Actualmente conta com uma carteira de mais de uma dezena de projectos de investimentos que já solicitaram garantia para acesso ao financiamento, três dos quais já se encontram na fase de contratualização.