Ryanair e easyJet pagam multa milionária por cobrarem por bagagem de mão

Espanha aplicou a multa a quatro companhias aéreas low cost. A decisão está a ser aplaudida.

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O governo de Espanha aplicou uma multa de 150 milhões de euros às companhias aéreas low cost Ryanair, Vueling, easyJet e Volotea por fazerem os clientes pagarem a bagagem de mão e por cobrarem por serviços como a escolha de lugares contíguos, revelou na sexta-feira, 31 de maio, o executivo liderado por Pedro Sánchez.

A decisão surge após inúmeras queixas de associações de defesa do consumidor relacionadas com as questões das bagagens, garante o governo espanhol. Foram destacadas outras normas das companhias consideradas abusivas, nomeadamente a impossibilidade de pagar em dinheiro suplementos cobrados nos aeroportos, falta de transparência no que diz respeito à informação sobre o preço final dos serviços e a obrigatoriedade da impressão de documentos de viagem.

A Associação de Linhas Aéreas (ALA), que representa empresas que asseguram 85 por cento do tráfego aérea em Espanha, revelou que as companhias low cost afetadas pela decisão vão recorrer junto do Ministério do Consumo. Se necessário, levarão o caso para a justiça.

A mesma entidade afirma que a proibição de cobrar por bagagem de mão prejudica os consumidores e que lhes retira a possibilidade de viajarem por preços mais baixos.

A Facua, uma associação espanhola de defesa dos consumidores, afirma que os clientes das empresas têm o direito de reclamar a devolução dos suplementos que lhes foram cobrados e elogiou a decisão do governo.

A Organização Europeia de Consumidores também já se pronunciou e aplaudiu a multa aplicada por Espanha, descrevendo-a como um “sinal forte e bem-vindo das autoridades espanholas”, acrescentando que “é necessário pôr termo às políticas injustas das companhias aéreas em matérias de bagagens de mão.

“São necessárias normas a nível da UE para as políticas de bagagem de mão, a fim de harmonizar as exigências das companhias aéreas aos consumidores e facilitar a experiência dos passageiros aéreos.”

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