A agência portuguesa CBR Tours, que presta apoio e consultoria em viagens e turismo, pretende apostar na divulgação da ilha de Santo Antão como destino turístico no segmento da natureza e ambiental.
Este é resultado de uma visita efectuada, esta semana, a Santo Antão de um representante desta agência, com sede em Lisboa, que tem vindo a desenvolver pacotes para as ilhas do Sal e da Boa Vista no segmento sol e praia, onde já existe “uma forte presença” do mercado português.
Uma nota divulgada pelo posto de turismo do Porto Novo a propósito desta visita informou que, com a pandemia de covid-19, “surge a necessidade de se divulgar outros locais com características que se enquadram nas novas tendências da procura turística”.
“É neste contexto que Santo Antão surge como um forte potencial por causa das suas características singulares”, refere a mesma fonte.
Esta agência portuguesa já está a estabelecer contactos com os operadores e a conhecer a dinâmica do trabalho realizado no sector do turismo em Santo Antão com vista a iniciar o trabalho de promoção desta ilha, que tem sido apontado como “um caso exemplar” no segmento do turismo da natureza.
O trekking (caminhadas em trilhas) constitui o principal produto turístico de Santo Antão que recebe, durante a época alta, que decorre entre os meses de Outubro e Maio, “milhares” de turistas provenientes, sobretudo da França, Bélgica e Alemanha para a prática deste tipo de turismo.
O primeiro-ministro, que esteve semana passada de visita a Santo Antão, com o turismo em agenda, disse acreditar que esta ilha tem potencial para receber, anualmente, 200 mil ou “muito mais” turistas.
Em 2019, antes da chegada da pandemia, Santo Antão recebeu cerca de 50 mil visitantes, número que, nesta retoma do turismo, precisa ser aumentado para “quatro, cinco ou mais vezes”, desafiou o chefe do Governo.
“No caso de Santo Antão, precisamos aumentar para quatro, cinco vezes ou muito mais este valor”, notou o governante, para quem é preciso, para isso, prosseguir com os investimentos na requalificação das cidades e do restauro dos trilhos e do património.
Durante a sua estada, o primeiro-ministro lançou o programa de reabilitação de 82 trilhos em Santo Antão, numa extensão de 294 quilómetros, num investimento de 215 mil contos.
Para aumentar o fluxo turístico em Santo Antão será também necessário o aeroporto, admitiu Ulisses Correia e Silva, para quem há necessidade “cada vez maior” de se dotar esta ilha desta infraestrutura aeroportuária.