Zilca Paiva – Para se recuperar o que o País perdeu é preciso um trabalho reforçado de marketing e promoção

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A presidente interina do Instituto do Turismo de Cabo Verde asseverou ontem, no Sal, que para se recuperar o que o País perdeu, e atingir determinadas metas, é preciso um trabalho reforçado de marketing e de promoção.

Zilca Paiva fez estas considerações na apresentação do plano de Marketing Turístico do País, no horizonte temporal 2021-2023, no âmbito do Projecto competitividade para o turismo, financiado pelo Banco Mundial.

“Assistimos à apresentação de uma grande ferramenta que nos vai apoiar na implementação e recuperação do turismo”, frisou, acautelando que a tendência mundial para a recuperação dos impactos da covid-19, no sector, é de três a quatro anos.

Tendo isso em atenção, a responsável referiu que esse plano, além de apresentar um conjunto de propostas a nível do mercado e produtos de mercados considerados estratégicos, dá pistas das novas tendências, segmentos… o que os novos turistas procuram.

“A procura vai mais no sentido da autenticidade, motivações ligadas à cultura, ao relaxe (…), portanto, todo o trabalho aqui apresentado é com foco no novo segmento do mercado, também manter os segmentos clássicos, que continuam a representar uma procura significativa do destino Cabo Verde”, esclareceu.

“Este plano não é do Instituto, é um plano de promoção de Cabo Verde que requer sinergias públicas e privadas, engajamento de todos, para o seu sucesso” enfatizou, analisando, por outro lado, que a questão da conectividade continua a ser um “grande desafio”.

A apresentação do plano de Marketing Turístico de Cabo Verde com vista a fornecer um conjunto de informações, “capaz de ajudar” a definir de “forma clara”, aquilo que se quer para o turismo no País, traduzindo “o anseio” dos principais intervenientes do sector público e privado, foi feita em dois momentos, um mais focado na visão estratégica, mercados e segmentos de clientes prioritários, enquanto a segunda parte na questão operacional.

O consultor João Medina, ligado à empresa internacional THR, considerada “muito experiente” na área do turismo, apontou que este plano projectado para um período de três anos, vai estar, entretanto, marcado pelo contexto de pandemia que se vive.

Financiado pelo Banco Mundial, o plano comporta cinco eixos estratégicos e 13 programas, “alinhados” com os documentos estratégicos do Governo, com “duas grandes novidades”.

Ou seja, a criação do Comité Cabo Verde Connect, tendo o ITCV no Task Force, juntamente com a Direcção Geral de Turismo, o Ministério do Turismo e Transportes e os operadores deste sector, no sentido de alinhar a conectividade aérea e marítima, às prioridades do mercado turístico.

João Medina deseja que este seja o início de um processo de retoma e de “avanço rápido” para o sucesso do turismo em Cabo Verde.

Por sua vez, o representante da Unidade de Gestão dos Projectos do Banco Mundial (UGPE), engenheiro Nuno Gomes considerou que a implementação deste projecto vai permitir uma “nova largada no turismo, com tudo isso que está sendo feito”.

“A covid-19, apesar dos constrangimentos que provocou, teve também a vantagem de permitir às instituições pararem para pensar o futuro. E devo dizer que o Instituto de Turismo está preparado para ajudar o País a crescer e a atrair mais investimentos turísticos e turistas”, sublinhou, assegurando que o UGPE junto com o financiador e o Governo “está e estará sempre disponível” em apoiar o instituto naquilo que for preciso na prossecução dos objectivos para “o bem do País”.

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