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ENTREVISTA
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TURIMAGAZINE - MAŖO 2017
para uma melhoria do ambiente de neǵcios, o que passaŕ ́ que o AGOA serve? Estar no mercado do AGOA impli-
naturalmente por algumas propostas que podemos fazer ca capacitar as empresas, implica que as empresas tenham
ao governo para melhoria deste sector e por algumas alte- condĩ̧es, ño ś de produtos para exportar, mas tamb́m
rã̧es que podemos tamb́m propor como do ćdigo de que tenham condĩ̧es a ńvel de recursos humanos, a ńvel
benef́cios scais, da lei do investimento, que est̃o neste t́cnico, a ńvel de qualidade. Este acordo vai permitir tra-
momento a ser alterados.
balhar com as empresas, dar utenślios e materiais para que
elas creşam e tenham condĩ̧es de ter um outro patamar
De acordo com o programa do governo que tra̧a as linhas de desenvolvimento.
gerais essenciais para o pás, s̃o elas o turismo, as energias
renov́veis, as pescas, temos v́rias ́reas que s̃o importan- O que ́ que quero com o AGOA enquanto empreśrio?
t́ssimas para o desenvolvimento do pás.
Naturalmente que ño vou exportar todos os meus produ-
tos, vou exportar produtos espeć cos. Produtos de nicho,
Mas ́ preciso trabalhar cada uma delas, ter mais possibi- produtos que o mercado dos Estados Unidos da Aḿrica
lidade de acesso a outros mercados que nos possam com- quer. Por exemplo, temos v́rios produtos que s̃o taxados
plementar. Vamos trabalhar no sentido de captar mais in- de diferente forma.
vestimentos, trazer mais empresas estrangeiras, mostrar as
nossas potencialidades, que s̃o ́nicas, e, com esta nova
vis̃o, vamos ser mais agressivos no sentido de mostrar as
oportunidades que ńs temos com uma atitude diferente.
Queremos ter uma atitude proactiva.
Cabo Verde ño aproveitou, at́ agora, acordos internacio-
nais como o AGOA. Como ́ que a Cabo Verde Trade Invest
pode alterar isso?
Cabo Verde ño aproveitou, mas Cabo Verde tamb́m ño O algod̃o ño compensa exportar a partir de Cabo Verde,
assinou o acordo AGOA. Ńs assinamos recentemente, foi
mas um sint́tico como o políster tem uma redũ̧o muito
j́ com o novo conselho de administrã̧o da Cabo Ver-
de Trade Invest. Assinamos o acordo h́ um m̂s atŕs. H́ grande quando exportado para os EUA. Vamos criar con-
dĩ̧es para trazer ć as outras empresas que est̃o nesta
muitas ́reas que podem ser aproveitadas. Naturalmente
que ño me cabe a mim fazer júzo das poĺticas que foram ́rea dos tecidos sint́ticos e elas, em vez de exportarem da
Unĩo Europeia, por exemplo, s̃o empresas made in Cabo
feitas anteriormente. Trabalho com este governo e acho que
Verde que exportam de Cabo Verde. Isso compensa e mui-
este governo tem uma poĺtica diferente. Tem uma poĺtica to. Do que ́ que estamos a falar? Estamos a falar de cres-
mais virada para o sector empresarial. O sector privado,
cer aqui, de criar condĩ̧es para que haja outras empresas,
para este governo, ́ um sector priorit́rio. E ńs abra̧amos
esta vis̃o, porque ́ o sector privado que cria postos de tra- esta ́ a nossa fuņ̃o.
balho. Se queremos ter mais postos de trabalho temos, na-
turalmente, de criar condĩ̧es ao sector privado para que
ele creşa e, com isso, possa dar mais e melhores postos de
trabalho, mais quali cados e com outra qualidade.
Promover Cabo Verde, trazer outras empresas internacio-
nais a instalarem-se em Cabo Verde e a virar, no fundo,
este mercado para os Estados Unidos. Cabo Verde est́
muito bem situado. Geogra camente est́ bem situado,
Em relã̧o ao pŕprio AGOA, podemos dizer que temos tem estabilidade ecońmica, tem estabilidade poĺtica, tem
estabilidade social e isto s̃o os factores b́sicos que permi-
algumas limitã̧es, ño temos uma industrializã̧o, ño
tem a qualquer investidor ter aqui o seu dinheiro est́vel,
temos empresas em algumas ́reas para exportar. Mas ́
importante pensarmos com uma vis̃o diferente. Para que