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Transportes
produtos e servi̧os.Os trans- ilhas no escoamento de pro-
portes s̃o de forma global, dutos para trocas comerciais
cruciais para a maior mobili-
entre elas e transporte de pes-
dade das populã̧es, trocas soas para ns diversos, por-
comerciais, ecońmicas e/ que segundo Lemos (2001) o
ou culturais, permitindo uma mercado tuŕstico consiste no
maior competitividade para “conjunto de relã̧es de troca
um pás, regĩo ou cidade (Al- e de contatos entre aqueles
meida, 2011 e Almeida, 2012).
que querem vender e os que
querem comprar bens e servi-
́ necesśrio a liberalizã̧o ̧os tuŕsticos”.
do transporte áreo a ńvel re-
gional para que o pás consiga ́ um local onde existe oferta
criar um turismo sustent́vel e procura para as trocas co-
e apetećvel ao nanciamento merciais. Nesse aspecto ño
dos grandes grupos ecońmi- se diferencia do coḿrcio
cos internacionais e a díspo-
tradicional; por outro lado, a
ra ́vida de contribuĩ̧o ao difereņa est́ no produto.
desenvolvimento do pás.
Vejamos: no tradicional, os
consumidores compram uma
onde as infra-estruturas aero- aos turistas que nos visitam,
portúrias s̃o e cazes, casos porque acabam por perder os O processo de liberalizã̧o determinada mercadoria num
do Sal, Boa Vista, Santiago e seus voos internacionais.
poderia abrir tamb́m o mer- pás e poder̃o lev́-la para
S. Vicente.
cado para novas companhias o de origem; j́ no turismo, o
de transporte áreo de baixo
Os transportes maŕtimos processo ocorre ao contŕrio:
Todos eles t̂m aeroportos est̃o em piores condĩ̧es e custo, porque sem o trans- s̃o os consumidores que se
com iluminã̧o a excep̧̃o os mais prejudicados s̃o as porte maŕtimo e caz torna-se deslocam para consumir os
dif́cil a interligã̧o entre as
da Boa Vista que ́ um caso ilhas da Brava e do Maio. A produtos oferecidos in loco.
sui generis que apesar de ño ine cîncia das ligã̧es maŕ-
ter a iluminã̧o na pista, tem timas e auŝncia de uma rede
a estrat́gia pŕpria para o interna de transportes maŕti-
embarque e desembarque do mos e áreos, com auŝncia
turismo All Inclusive. Em rela- de conex̃es id́neas para o
̧̃o as infraestruturas portu- transporte de passageiros e
́rias, temos portos com con- de cargas di culta a prospe-
dĩ̧es para receber navios de ridade dos neǵcios entre as
cruzeiros, ainda que precisam ilhas, o que ño permite uma
de serem melhoradas alguns distribuĩ̧o ŕpida e e caz
para receber navios de grande da cadeia de fornecimento de
porte.
As outras ilhas tais como S.
Nicolau, Fogo e Maio pos-
suem aeŕdromos que ño
t̂m a e ćcia e por isso ño
permite que a díspora invista
na terra natal. E o investimen-
to estrangeiro tamb́m res-
guarda essa possibilidade por
falta de acessibilidade quer a
ńvel áreo (menos mal) e em
pior estado a via maŕtima.
Neste momento as ilhas com
potencial enorme, caso do
Fogo, Maio, e Brava em que as
infraestruturas aeroportúrias
s̃o de cit́rias, impedem o
investimento nesse potencial
tuŕstico.
No caso do Fogo, apesar do
grande uxo nos voos doḿs-
ticos, ainda ño tem uma pis-
ta iluminada para combater as
contrariedades do clima (bru-
ma seca) o que origina gran-
des transtornos ̀ díspora e
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